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moneyDiário Liberdade - [Alejandro Acosta] As agências de risco constituem uma peça fundamental do verdadeiro casino em que os especuladores financeiros têm tornado o mundo.


Foto: Pictures of Money (CC BY 2.0)

Os derivativos financeiros potencializam a especulação a níveis estratosféricos mediante a negociação de contratos derivados dos contratos futuros, por meio da criação de novos fundos (cestas de contratos futuros) de investimentos estruturados a partir de vários contratos futuros provenientes de fontes muito diferentes, ou mesmo incluindo outros fundos, com intrincadas operações de seguros e qualificação de riscos, e que, frequentemente, perdem a pista dos “contratos futuros” originais. Adicionalmente, os títulos provenientes do setor “produtivo” (principalmente as commodities) incluem hipotecas, operações creditícias, títulos cambiais, e, principalmente, seguros (swaps) sofisticados para todas essas operações.

Leia também: Agências classificadoras de risco: a serviço de quem?

O critério usado pelas agências classificadoras de risco para classificarem os derivativos financeiros com as notas máximas é que eles estão assegurados por empresas qualificadas com as notas máximas, o que seria suficiente para considerá-los como sendo de baixo risco. O problema acontece quando essas asseguradoras quebram e arrastam à bancarrota todos os bancos de investimento, como aconteceu no colapso de 2007-2008 a partir da bancarrota da maior asseguradora do mundo, a AIG. O volume de derivativos no mundo atinge agora um nível histórico, movimentando quantias superiores aos US$ 1 trilhão.

Segundo um relatório do OCC (Escritório de Controle de Divisas), os 25 principais grupos financeiros dos Estados Unidos detêm uma exposição superior aos US$ 330 trilhões em derivativos relacionados à IR (taxa de juro), à FX (Taxa de Câmbio), a Equity Contracts (Contratos em cima de participações patrimoniais), a Commodities e CDS (Derivativos de Crédito). O principal componente desses derivativos, tal como tem acontecido historicamente, é o IR swaps, com quase 75% do total. Segundo os grandes capitalistas, essa relação, supostamente, reduziria a exposição ao risco. Um swap de taxa de juro estabelece a troca de uma série de pagamentos futuros a uma taxa de juro fixa, por uma série de pagamentos futuros a uma taxa de juro variável.

De acordo com o relatório do OCC, o principal banco detentor desses títulos, o JP Morgan detém um alto volume da sua exposição em cima dos contratos FX. O Morgan Stanley Bank NA, baseado no estado de Utah, por exemplo, detém mais do 98% do total de quase US$ 2 trilhões em derivativos, e menos de US$ 100 bilhões em outros ativos financeiros, em cima de contratos FX, sem reserva de depósitos e alta exposição aos bancos europeus. O Northen Trust, baseado no estado de Illinois, detém mais de 97% de um total de derivativos inferior aos US$ 300 bilhões em cima de contratos FX.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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