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maoChina - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] A perda de valor das moedas das principais potências tem, na base, como um dos principais componentes, as operações de “quantitive easing” (alívio quantitativo), por meio das quais os governos compram centenas de bilhões de títulos financeiros podres pelo valor de face.


A China tem promovido a desvalorização do iuan por causa da desaceleração da economia, principalmente devido à queda do comércio com o Japão e a Europa. Foto: Philip Roeland (CC BY-NC-ND 2.0)

A aceleração das maquininhas de “criar” dinheiro podre a partir do ar trabalham a todo vapor. O repasse desse dinheiro para os monopólios está na base dos lucros que já não conseguem mais ser extraídos da produção. Por esse motivo, a propagandeada “ameaça da deflação” não passa de uma farsa para ocultar essas operações. A deflação foi um fenômeno próprio da década de 1930 quando o dólar, em primeiro lugar se encontrava atrelado ao padrão ouro. Esse atrelamento foi liquidado em 1971, com o colapso dos acordos de Bretton Woods (1944), que tinha criado um “lastro mundial” em cima do dólar. Os gastos da Guerra do Vietnã colocaram uma pá de cal sobre a estabilidade promovida, nos países desenvolvidos, após a Segunda Guerra Mundial.

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Para o próximo período, a tendência geral é ao aumento das pressões inflacionárias, em direção acelerada à hiperinflação. Como disse o dirigente da Revolução Russa de 1917, não existe nada mais revolucionário que a inflação. Esta foi a base de todas as revoluções do século passado e da ascensão do movimento operário na década de 1980. E esta é a base da retomada do movimento operário, em escala mundial, no próximo período.

O impacto da desvalorização do iuan sobre a crise capitalista

Enquanto o iene japonês, por exemplo, tem sofrido recorrentes desvalorizações, o iuan se valorizou fortemente no último ano (13,5%), mais do que o dólar (12,8%) e o franco suíço (11,4%).

O governo chinês tem promovido a desvalorização do iuan por causa da desaceleração da economia, principalmente devido à queda do comércio com o Japão e a Europa. A gritaria da imprensa dos países imperialistas representa mais uma amostra da fragilidade da economia mundial, da escalada da política do “salve-se quem puder”.

A China busca internacionalizar o iuan (Renmenbi). Como próximo passo, busca que o FMI (Fundo Monetário Internacional) o inclua na cesta das moedas com direitos especiais (Special Drawing Rights). O FMI tem adiado a medida para setembro de 2016, alegando que o iuan não seria uma moeda “livremente usável” (“freely usable”). Mas o fantasioso “livre mercado” cobra um preço caro. Um mínimo descontrole do iuan ameaça a levar a um novo colapso capitalista de largas proporções.

Ao mesmo tempo que a desvalorização do iuan favorece as exportações, impacta negativamente as importações, das quais a China é extremamente dependente. É uma equação muito frágil que atinge a todos os países em cheio. O aprofundamento da crise no Brasil representa mais uma amostra neste sentido. A tendência geral mundial é no sentido do aumento da inflação, que esteve na base da ascensão do movimento grevista, em 2009 e 2010, na China.


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