De acordo com as informações oficiais, a China teve o pior crescimento econômico desde 1990, quando sofreu sanções por causa do massacre da Praça da Paz Celestial, de 7,4%.
O modelo de crescimento, baseado na produção manufatureira tem enfraquecido por causa da queda das exportações provocada pelo aprofundamento da crise mundial. A carestia da vida tem levado ao estouro de importantes greves operárias que, por sua vez, têm levado a que o salário médio saísse de US$ 30 mensais na década de 1980 para US$ 260.
A partir de 2009, o governo chinês injetou enormes volumes de recursos públicos para manter a economia se movimentando por meio do aumento artificial do consumo e de crescentes mecanismos relacionados com a especulação financeira.
A desaceleração industrial e da construção civil tem levado a que os preços das matérias primas minerais e as vendas de equipamento de alta tecnologia e insumos sofressem acentuada queda, afetando os lucros dos monopólios. O investimento em meios de produção cresceu 15,7%, o mais baixo desde 2001, principalmente por causa da sobre oferta existente no setor imobiliário e manufatureiro. O primeiro cresceu 10,5%, um pouco acima da metade de 2013. As vendas de imóveis caíram 7,6% e os estoques aumentaram em 26%.
O consumo de aço alcançou um recorde de 822,7 toneladas, mas o crescimento anual foi de apenas 0,9%, o pior desde 1981.
Os investimentos imobiliários “perdidos” em cidades fantasmas e obras faraônicas desde 2009, estão estimados em US$ 6,8 trilhões.
De acordo com o XVIII Congresso do PCChinês, realizado em 2012, para evitar o desemprego e protestos sociais, o crescimento deveria ser de no mínimo 8%.
A China é apresentada como a segunda economia mundial, com US$ 10 trilhões, apenas atrás dos Estados Unidos, que tem uma economia de US$ 17,5 trilhões. Mas em relação ao PIB per capita, a China ocupa o 89o. lugar, próximo ao Peru. Na realidade, a China é um país atrasado, cuja população conta com mais de 700 milhões de camponeses pobres, que tem despontado como uma potência regional de grande importância. O imperialismo tenta conter a expansão das potências regionais a qualquer custo. Não é por acaso que a metade do orçamento do Pentágono foi direcionado para a região Pacífico da Ásia, da mesma maneira que a agressiva contra a Rússia tem sido levada ao extremo com o golpe de estado na Ucrânia e o aperto do cerco pela OTAN (Organização do Atlântico Norte).