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pobrezaeuaEstados Unidos - Telesur - [Anahi Rubin, tradução do Diário Liberdade] Em 1938, o então presidente estadunidense, Franklin D. Roosevelt, criou o salário mínimo, que foi fixado em 25 centavos de dólar por hora. "Um pagamento justo por uma jornada justa", destacava Roosevelt.


Desde então houve uma série de aumentos, até o salário mínimo ser elevado a US$ 5,15, e mais recentemente em 2007, seria aumentado para US$ 7,25 durante a presidência de George W. Bush.

Cifra completamente insuficiente para 70% dos americanos, que desde 2013 apoiam o aumento do salário mínimo para US$ 10,10 a hora. Mesmo que o presidente Obama tenha prometido em suas duas campanhas eleitorais aumentar o salário mínimo, ainda não o fez a nível nacional, em parte pelo rechaço e bloqueio dos republicanos no Congresso, que argumentam que o aumento salarial implicaria a perda de 500 mil postos de trabalho.

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Certamente este será um dos temas importantes que estarão presentes nas próximas eleições presidenciais em 2016. Uma das possíveis candidatas, pelo Partido Democrata, Elisabeth Warren, senadora pelo estado de Massachusetts, é quem está tomando a dianteira neste tema, apoiada por forças do progressismo político e sindical como a AFL-CIO (Federação Estadunidense do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais). Warren assegura que "mesmo que o desemprego tenha caído 5,8%, para milhões de estadunidenses a economia não funciona".

Warren não se equivoca: 46 milhões de pessoas vivem na pobreza nos EUA; dentro desse número, 14,4 milhões são trabalhadores de meio período e 4,4 milhões trabalham em tempo integral.

De acordo com o Departamento de Saúde e Recursos Humanos dos Estados Unidos, uma pessoa está abaixo do nível da pobreza quando recebe US$ 11.170 por ano e US$ 23.050 para uma família de quatro pessoas.

Quem e quais grupos se encontram nestas categorias

Segundo estudos realizados pelo Pew Research Center, 20,6 milhões de trabalhadores (30% de todos os trabalhadores por hora do país) maiores de 18 anos se encontram na categoria dos que recebem salário mínimo. 50% têm 30 anos, 76% são brancos, 45,8% homens, 54,2% mulheres, 26,7% hispanos e 73,3% não hispanos, 56% têm baixos níveis de educação (apenas secundária) e 37% têm algum grau de universidade.

Referente às regiões onde se concentram a maioria dos empregados com salário mínimo, 36,7% se encontram na região oeste do centro-sul (Arkansas, Luisiana, Oklahoma e Texas), 36,2% na região leste do centro-sul (Alabama. Kentucky, Mississippi e Tennessee) e 31% na divisão do Atlântico-Sul (do Delaware até a Florida). É menos comum na Nova Inglaterra, onde só uma quarta parte (23,4%) dos trabalhadores ganham salário mínimo.

Muitos desses trabalhadores mencionados têm que recorrer à ajuda do governo para sobreviver. Em 2010, 1.847.155 moradias receberam Assistência Temporária para Famílias Necessitadas (TANF, pela sigla em inglês), 18.618.436 vales-alimentação, 65.989.147 seguros-doença (Medica ID, na sigla em inglês).

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Segundo investigações, se o salário fosse incrementado, melhoraria a economia nacional, se reduziriam as ajudas governamentais, o aluguel ou a compra de melhores moradias seria fomentado e doenças relacionadas com o estresse laboral seriam evitadas.

Ralph Nader, defensor dos consumidores e ex-candidato presidencial pelo Partido Verde, calculou que "o aumento do salário mínimo beneficiaria 30 milhões de trabalhadores, que em 2014 ganharam menos do que em 1968, tendo em conta a inflação".

Em 2014, um empregado teve que trabalhar três meses para ganhar o que ganhava seu chefe executivo. Enquanto isso estiver ocorrendo não acontecerá o que o presidente Roosevelt disse: "um pagamento justo por uma jornada justa".

Anahi Rubin é uma jornalista e psicóloga argentina que vive em Nova Iorque. Investigadora de temas migratórios e de gênero. Realizadora de exposições artísticas sobre fenômenos migratórios, identidade e cultura.


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