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131214 petroleoArábia Saudita - Voz da Rússia - [Ivan Zakharov] A Arábia Saudita declarou guerra econômica ao Irã, foi este o comentário feito à estação de rádio Sputnik pelo conhecido cientista político de Teerã e antigo editor-chefe da agência de informação Mehr (MNA), Hassan Hanizadeh, a propósito da declaração do presidente iraniano Hassan Rohani sobre a queda do preço do petróleo para 60 dólares por barril.


"O presidente do Irã Hassan Rohani declarou que a queda dos preços do petróleo foi um resultado da "conspiração de certos países". A que países pensa que o Sr. Rohani se estava referindo?", pergunta o locutor da rádio Sputnik.

"O presidente deu a entender que se tratava da Arábia Saudita como organizadora dessa conspiração de uma série de países da região contra os quais essa conspiração é dirigida. Em primeiro lugar, estão condenados a ser vítimas da conspiração os países cuja economia depende de forma vital da oscilação dos preços do petróleo – o Irã e a Rússia. O golpe é dirigido precisamente contra eles", responde Hassan.

Nos últimos meses, os sauditas aumentaram a extração e as exportações de petróleo cru para 12 milhões de barris, o que supera em 2 milhões o que está previsto pelo cabaz da OPEP, tendo assim sobrecarregado o mercado mundial de petróleo. Essas ações de Riad provocaram a queda dos preços do petróleo dos US$ 110 por barril para os US$ 60.

"Isso é um verdadeiro golpe baixo para os países cuja economia se baseia em exportações de petróleo. Foi declarada uma guerra econômica ao Irã. Na sua essência, foi isso que reconheceu na sua tirada irritada o nosso presidente, mesmo que ele não tenha usado a expressão 'Arábia Saudita' ", continua Hassan.

"Há dias, a mídia divulgou as palavras do diretor do Departamento de Pesquisa do Mercado Petrolífero do Ministério do Petróleo do Irã (de fato, o analista principal da República Islâmica do Irã para a área do petróleo), Mohammad Sadegh Memarian, sobre as contradições entre os países da OPEP poderem resultar na queda do preço do barril de petróleo para os US$ 40", prossegue.

"Devemos confiar nesse prognóstico, ou isso é simplesmente um aviso sobre a necessidade de agir imediatamente para encontrar uma saída para esta situação de crise?"

"Se a situação não se alterar, nós arriscamo-nos a obter, em uma perspectiva a curto prazo, um novo recorde negativo dos preços do petróleo nos últimos seis anos!", comenta.

Se aguarda que a Opep realize, a qualquer momento, uma reunião extraordinária a nível de primeiros-ministros.

"Contudo, eu duvido que isso aconteça, pois a iniciativa deve partir de todos os países-membros da organização sem exceção. Ora os maiores países produtores de petróleo, a Arábia Saudita, o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos, dificilmente concordarão em realizar essa reunião. Nesse contexto, não me admiraria se muito em breve o barril de petróleo passe a valer US$ 50, ou mesmo US$ 40", preconiza.


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