Segundo o jornal Daily Mail, as manifestações de hoje juntaram muito mais de cem mil pessoas. Os protestos foram convocados pela Confederação Britânica de Sindicatos (TUC, na sigla em inglês) sob o lema: "Britain Needs a Pay Rise" ("Grã-Bretanha precisa de um aumento salarial").
Segundo a TUC, o poder de compra dos trabalhadores no Reino Unido atingiu o ponto mais baixo, desde a crise iniciada em 2007.
As manifestações do sábado (18) foram acompanhadas por greves de enfermeiras, trabalhadores e trabalhadoras da saúde e de outros serviços do setor público, realizadas durante a semana que passou. Nos protestos destacavam-se também professoras e professores e trabalhadoras do serviço público de saúde em geral.
Os cartazes mais em destaque eram contra a austeridade e os cortes ("No cuts"), salientando o protesto contra a política de austeridade levada a cabo pelo governo de direita britânico e lembrando que muitos trabalhadores do setor público continuam com os salários congelados.
Durante a semana também se realizaram paralisações em portos, aeroportos, tribunais, museus, centros de emprego, centros de saúde e hospitais. Segundo o Daily Mail, as parteiras estiveram, pela primeira vez na história, em greve durante a semana, em protesto contra a recusa do governo de um aumento de 1% aos trabalhadores do serviço público de saúde britânico.
O secretário-geral da TUC, Frances O'Grady, salientou que a grande participação envia uma clara mensagem ao governo de que deve haver um aumento salarial e destacou que um diretor de uma empresa ganha 175 vezes mais do que um trabalhador com um salário médio.
As greves no setor público britânico vão prosseguir durante a próxima semana.