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150814 japanJapão - PCO - A "saída" para a crise adotada pelo governo é a crescente militarização do Japão.


A economia japonesa voltou a cair vertiginosamente durante a primeira metade desse ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma contração de 6,8%. É o pior resultado desde o Tsunami, e o pior resultado do governo de Shinzo Abe, que se elegeu em 2012 com a promessa de revitalizar a economia. Abe tentou sair da crise com o aumento dos gastos públicos e o aumento do imposto sobre o consumo, para combater a deflação no País. Por conta dessa medida, que entrou em vigor em abril, o consumo doméstico no Japão, responsável por 60% do PIB, também caiu, 6% na comparação com primeiro trimestre. Mesmo as exportações tiveram uma pequena queda, de 1,8%, apesar da desvalorização do iene.

A "saída" colocada pelos fascistas para a crise é tornar o Japão uma potência militar, construir a bomba atômica e reativar a indústria armamentista, vendendo armas, em primeiro lugar para os países vizinhos. Como essa saída levaria inevitavelmente ao choque com o imperialismo norte-americano e ao acirramento da luta de classes no interior do País, devido à necessidade de controlar a classe operária a ferro e fogo, o imperialismo japonês optou por uma alternativa mais "suave", mas que prepara o caminho no sentido fascista.

Em dezembro de 2012, o direitista PDL (Partido Democrático Liberal) derrotou o governo liderado pela ala esquerda do imperialismo japonês, o PDJ (Partido Democrático Japonês), nas eleições gerais de dezembro, em cima de um programa pautado pela ultradireita, no sentido do ressurgimento do militarismo fascista japonês, do acirramento das contradições militares com a China e o nacionalismo japonês. A ultradireita passou de nenhum deputado para 33. Em 2013, o PDL passou a controlar também o Parlamento.

Toda esta situação econômica tem aprofundado a crise política interna. Têm ocorrido diversas manifestações contra o aumento dos impostos e o arrocho salarial e o objetivo do imperialismo é conter isto com a fascistização da sociedade. Com isto, o Partido da Restauração do Japão, de ultradireita, tem aumentado sua participação na política, passando nas últimas eleições de 0 para 31 deputados. Uma das principais bandeiras do partido é a militarização do país.

Foto: Tomohiro Ohsumi.


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