Convocada pelo sindicato britânico do transporte RMT, a paralisação afectou mais da metade dos serviços na terça (29) e continua ainda hoje, embora a empresa (London Underground) anunciara falsamente que hoje não haveria greve. Isto levou a um outro conflito de declarações entre empresa e sindicato. De facto, a greve poderia continuar até amanhã, primeiro de Maio.
Em fevereiro deste ano, os operários do Tube participaram de uma greve de 48 horas de protesto contra os projetos de substituir os funcionários das bilheterias por um sistema de venda automático. Outro protesto similar foi suspenso dias depois, após o início de negociações entre os sindicatos e os executivos do metro da capital inglesa.
Naquela ocasião, representantes do RMT ameaçaram com organizar outras manifestações se dois meses desde o começo das conversas não fosse tempo suficiente para se alcançar uma solução ao problema. A continuidade do projeto de fechamento de 260 bilheterias e 960 demissões provocou o descontentamento dos empregados, que programam outra greve entre os dias 5 e 7 de maio próximo.
Um responsável da RMT, John Leach, declarou que a empresa "ofereceu uma revisão do caso quando já tinham decidido como ia acabar o assunto mesmo antes de começar a falar".
O feche ou paralisação parcial de 11 linhas de metro fez com que hoje foi necessário colocar em funcionamento 268 autocarros a mais nesta grande cidade, de mais de 8 milhões de habitantes, fazendo com que o número desse veículos em circulação aumentasse para oito mil, indicam as autoridades londrinas.
O RTM declarou que a greve seria suspensa apenas se os diretores do metro aceitassem reconsiderar as medidas de ajuste.
Com Vermelho e The Guardian.