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220414 canaisAmérica Latina - Aporrea - [Tradução do Diário Liberdade] A Rússia e a China estão se preparando para uma séria confrontação geopolítica com os Estados Unidos, através do projeto da construção, na Nicarágua, de uma alternativa ao canal do Panamá.


 

Piotr Yákovlev, diretor do moscovita Centro para os Estudos Ibéricos do Instituto da América Latina, disse à emissora A Voz da Rússia que várias companhias russas estão negociando com Pequim sua participação nesse projeto estratégico.

Citando a confidencialidade das negociações, Yákovlev não revelou os nomes das empresas russas envolvidas.

Cabe mencionar que a empresa chinesa HKND Group obteve a concessão do canal nicaragüense durante 50 anos, mais outros 50 prorrogáveis. O início do projeto foi marcado para o próximo mês de dezembro.

"Ainda não se assinaram documentos oficiais ou acordos comerciais, mas mostraram um interesse considerável na cooperação", disse Yákovlev.

O especialista ressaltou que os interesses da China e Rússia coincidem tanto no âmbito comercial como no político.

Mencionou também as estreitas relações entre a Rússia e a Nicarágua nos últimos anos, em setores como o comércio e a cooperação técnico-militar.

"E o contexto político é óbvio também. Durante a votação na ONU sobre a crise ucraniana, a Nicarágua encontrava-se entre os países que apoiaram a postura russa", disse Yákovlev.

"Em poucas palavras, arredor do canal da Nicarágua está se desenvolvendo um grande jogo geopolítico e geoeconômico", acrescentou.

Sublinhou que Nicarágua autorizou os navios de guerra e aviões russos para visitarem o país na primeira metade de 2014, bem como patrulhar as águas territoriais da Nicarágua nas Caraíbas e o Pacífico até 30 de junho de 2015, com uma perspetiva de prorrogação desses acordos.

Projeto

Segundo as estimativas oficiais, a infraestrutura necessária para unir o Oceano Pacífico com o mar Caríbe terá um custo de 40.000 milhões de dólares.

A via fluvial estará acompanhada de um oleoduto e uma estrada, dois portos de águas profundas, dois aeroportos e duas zonas francas.

Para 2019, a via navegável poderia ter já uma capacidade tão alta como para captar 416 milhões de toneladas de carga, o que representaria 3,9% do total da carga marítima mundial.

Ao menos assim o indica a lei que as autoridades nicaragüenses aprovaram em meados do ano passado.

O projeto será finalizado em 2029.

O canal do Panamá (um canal artificial no território desse país centro-americano) abriu-se em 1914 e pertenceu aos EUA até que sua propriedade foi entregue oficialmente ao Panamá em 1999.

Apesar da entrega oficial completa, os EUA reservaram para si o direito de intervirem militarmente para defender o canal contra as ameaças que impedirem o trânsito de barcos pela via, segundo os Tratado Torrijos-Carter de 1977.

Através do canal do Panamá passa 4% da carga total do comércio mundial e 16% da carga comercial dos EUA

 


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