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manif atenas 0Grécia - Esquerda - Dia de protesto na quarta (9) convocado pelas duas principais centrais sindicais gregas contra a austeridade e os despedimentos. Escolas, transportes e restantes serviços públicos ficaram paralisados.


A greve geral acontece dois dias antes da chegada de Angela Merkel a Atenas, com os sindicatos a quererem sublinhar mais uma vez a oposição dos trabalhadores e trabalhadoras aos sucessivos aumentos de impostos e cortes orçamentais promovidos pelo governo do bloco central grego. Alguns desses cortes implicam o despedimento de 11 mil funcionários públicos este ano, depois de cerca de 4 mil já terem sido afastados desde o início de 2014.

A paralisação sente-se sobretudo nos serviços públicos, com as escolas fechadas e os transportes públicos sem funcionar. Também os setor ligado aos transportes marítimos aderiu em massa, impedindo a circulação dos ferries entre as ilhas. Os caminhos de ferro, incluindo o comboio que liga Atenas ao aeroporto, também estão parados, tal como os autocarros e os trolleys da capital. As farmácias, que também têm fechado portas nas últimas semanas por causa dos planos de desregulação do setor, também se juntaram à greve geral da quarta-feira.

A troika está a tentar impor ao governo novos cortes em troca da aprovação da próxima tranche do empréstimo, juntamente com alterações nas leis laborais para precarizar ainda mais o trabalho na Grécia, que ao fim de seis anos de recessão conta com 28% da população desempregada nas estatísticas oficiais.

As centrais sindicais ADEDY e GSEE, que representam trabalhadores do público e privado, respetivamente, apelaram aos seus associados para "resistir à catástrofe social" e "dizer 'não' à austeridade, ao desemprego e às condições de trabalho medievais". O dia em Atenas também é marcado por manifestações em direção ao parlamento, organizadas pelas várias centrais sindicais envolvidas na convocação da greve. O presidente da central ADEDY calculou a adesão no setor público em torno dos 70% e anunciou que a ADEDY vai juntar-se aos protestos contra Angela Merkel na próxima sexta-feira.

Para além da visita da chanceler alemã, o governo grego está a promover uma emissão de dívida a cinco anos, tendo sido escolhidos para garantir o "sucesso" da desta operação o Bank of America Merrill Lynch, Goldman Sachs, Deutsche Bank, HSBC, JP Morgan e Morgan Stanley. O juro da dívida grega a 10 anos voltou a cair para 6,1%


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