Os grevistas, que instaram a empresa a «por fim à situação de insegurança e de desigualdade» que atravessam e exigiram «a readmissão imediata» do colega despedido, responsabilizaram a direcção da Nanuk pelo início da greve por tempo indeterminado, pois esta responde «à reiterada violação dos direitos laborais», e anunciaram que estão dispostos «a lutar pela mudança do sistema de gestão, que se baseia na imposição». Reafirmaram a necessidade de se alcançar um acordo, mas tendo por base o «respeito».
A direcção da Transportes Nanuk aplicou uma redução unilateral dos salários (rejeitada por um tribunal), e em Julho começou a ameaçar despedir trabalhadores, tendo despedido um deles a 30 de Agosto. Os trabalhadores afirmam que «não há razões para a redução salarial, o não pagamento de dois subsídios e o despedimento». Não duvidam da existência da crise que a direcção da empresa alega, mas afirmam: «com o dinheiro que nos tiraram compraram 12 camiões novos. O problema não é económico, e usaram-nos para fazer investimentos».
Trabalhadores do Golf Gorraiz em greve por tempo indeterminado
As trabalhadoras e os trabalhadores do Club de Golf de Gorraiz (Nafarroa) realizaram, no quarto dia de greve, uma concentração em que participaram cerca de 150 pessoas. Para além dos trabalhadores da empresa, estiveram presentes habitantes de Eguesibar, trabalhadores de outras empresas e ainda sócios do clube.
O pessoal mostrou desta forma a sua determinação em prosseguir com a sua justa reivindicação de um acordo digno e da readmissão das trabalhadoras despedidas no âmbito da negociação desse acordo. A representação sindical denunciou também a manipulação informativa por parte da gerência do clube e responsabilizou o gerente pelo conflito que se está viver, em virtude das atitudes assumidas. O pessoal da empresa voltou a expressar a sua vontade de dialogar e a sua abertura à negociação.