Segundo dados divulgados pela Agência de Estatísticas (Eurostat), o desemprego na zona do euro manteve o mesmo índice registrado no mês anterior, de 11,7%. São quase 19 milhões de trabalhadores sem emprego entre os países do bloco europeu.
Este é o maior número de desempregados em mais de 15 anos, desde janeiro de 1995, antes mesmo da criação do bloco e quando este tipo de dados começou a ser contabilizado.
Na União Européia, que conjuga 27 países, a taxa também manteve-se no recorde anterior de 10,7%. Ao todo são 26 milhões de trabalhadores sem emprego. Os efeitos da crise econômica produziram nos últimos doze meses 3,1 milhões de desempregados na zona do euro e cinco milhões nos 27 países da União Européia.
Os mais afetados
A Espanha continua com a maior taxa de 26,6% e um total de seis milhões de desempregados, a Grécia vem em segundo com 26% de desemprego e em terceiro vem Portugal com 16,3%.
Entre os demais países imperialistas a Itália está com a maior taxa, 11,2%, o maior índice desde janeiro de 2004, ao todo são 2,88 milhões de trabalhadores italianos sem emprego. Destes 36,6% dos jovens até 25 anos estão desempregados.
Aliás, os jovens e os idosos são os que mais sofrem com o desemprego. A taxa de desemprego entre os que tem idade menor de 25 anos está em 25% na média, sendo que em alguns países este percentual ultrapassa os 50%, como é o caso da Espanha e Grécia.
O aumento do desemprego na zona do euro, comprova que a economia dos países europeus está realmente mergulhada em uma profunda recessão que está se desenvolvendo à medida que os demais países da região aprofundam os ataques contra a classe operária.
O desemprego aliado aos cortes públicos que estão com destaque para a Grécia, Espanha e Portugal e o endividamento se alastrando para a Inglaterra, França e Alemanha vão piorar a situação deixando ainda mais desempregados e miseráveis.