Segundo o site ekathimerini.com, 1211 alunos de várias regiões do país responderam ao inquérito. 82 por cento confirmaram que a situação laboral dos pais piorou nos últimos meses, com um em cada cinco crianças a referir pelo menos um caso de desemprego em sua casa. 29 por cento disseram mesmo que a família já faz planos para se mudar para o estrangeiro em busca de melhores oportunidades.
Questionados sobre o impacto da crise nas suas vidas, cerca de 70 por cento responderam ter sofrido "mudanças negativas": 59 por cento perdeu a mesada e 33 por cento admitiram que os cortes no orçamento familiar os obrigaram a abandonar o acompanhamento educativo em centros de explicações.
Agricultores em luta, Syriza leva assunto ao parlamento
Cerca de dois mil agricultores juntaram-se num protesto com centenas de tratores junto à autoestrada que liga Atenas a Tessalónica, congestionando o trânsito durante horas no centro do país. Protestos semelhantes ocorreram noutros pontos da Grécia, junto a vias de comunicação com muito movimento. A forte presença policial acompanhou as manifestações e registaram-se alguns confrontos quando os agricultores bloquearam uma estrada.
Os agricultores queixam-se do preço do gasóleo e da eletricidade, bem como do aumento dos impostos e da idade de reforma. A falta de apoios a este setor em crise é outro dos problemas enfrentados pelos protestos. Os representantes destes agricultores encontram-se em Atenas para encontros com os líderes partidários e os manifestantes dizem que não vão abandonar o local das concentrações até ao fim da ronda de contactos.
Alexis Tsipras, líder do Syriza, já declarou que vai pedir um debate de urgência sobre a situação dos agricultores. "Não temos outra escolha senão apoiar as lutas que são justas", declarou Tsipras à imprensa. O dirigente da oposição anti-memorando na Grécia voltou a exigir eleições antecipadas, insistindo na necessidade da Grécia ir a votos antes da eleição que Angela Merkel disputa na Alemanha no outono deste ano.