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italia-malataItália - PCO - A economia da terceira potência da Europa está em frangalhos. A tendência é ao acirramento das contradições sociais.


De acordo com a Confindustria (Confederação das Indústrias), a economia italiana continuará em recessão, contraindo pelo menos 1,1% em 2013, o dobro que a previsão anterior realizada em setembro. Para 2012, a projeção da contração foi aumentada para 2,4%, após seis meses consecutivos em recessão.

De acordo com o Istat (Instituto Italiano de Estatísticas), a taxa de desemprego (oficial) chegou a 11,1% em outubro, ou 2,9 milhões de trabalhadores, deverá crescer pelo menos para 11,8% em 2013 e 12,4% em 2014. Trata-se do pior índice desde que a série começou a ser registrada em 2004. Entre os jovens, o desemprego entre os 15 e 24 anos de idade já atinge 36,5%.

As aposentadorias caíram 35% e a idade mínima foi aumentada.

A dívida pública subiu para 126,3% do PIB. A disparada das taxas de juros, que chegou a quase 6% para os títulos com vencimentos a 10 anos, caiu para algo em torno aos 4%, após os grandes bancos terem passados a ser controlados diretamente do BCE (Banco Central Europeu) e não mais pelos bancos centrais. O efeito colateral é que, enquanto a pressão, em termos relativos diminui nos países periféricos, pois o principal objetivo é manter os mecanismos de repasses de recursos para os países centrais, ela aumenta em direção ao coração da zona do euro, a Alemanha.

As principais empresas do País enfrentam dura crise. A Fiat demitiu trabalhadores, devido à queda das vendas. O caixa passou de 6,5% da dívida para 65,5%, pois os investimentos estão sendo desviados da produção para a especulação financeira. A Finmecanica, o monopólio italiano da indústria de armas, poderá ser vendida.

De acordo com Cáritas e a Defesa do Menor, dois milhões de crianças vivem na pobreza e 700 mil na pobreza extrema, dependendo das instituições de caridade.

Os protestos dos trabalhadores têm sido pouco sincronizados em escala nacional, mas as greves em setores específicos têm aumentado, apesar da burocracia ter tentado orienta-las para paradas parciais, por apenas algumas horas. A greve geral que aconteceu no dia 20 de outubro, reuniu 100 mil pessoas no centro de Roma, mas a burocracia sindical da CGIL, tentou contê-la colocando como principal palavra de ordem a desoneração das empresas que contratassem. No dia 27 de outubro, 15 mil manifestantes, agrupados no “Comitê do Não à dívida” pediram, no mesmo local, pela saída de Monti.

O orçamento de 2013 prevê cortes por € 12 bilhões, com foco em grandes cortes nos programas sociais e o aumento do repasse de recursos públicos para os capitalistas. No próximo período, a evolução da Itália, a terceira maior potência da Europa, deverá acontecer na direção da Espanha, a quarta maior potência da Europa, ou seja, o aprofundamento da crise econômica e política em grandes proporções com o acirramento da luta de classes.


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