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121025 genk carro queimadoBélgica - Esquerda - A Ford anunciou que vai encerrar em 2013 a sua fábrica em Genk e transferirá a produção para Valência, nos Països Cataláns. 


Os trabalhadores manifestaram-se nesta quinta feira e queimaram um carro à porta das instalações da empresa. O clube da cidade solidarizou-se com os trabalhadores da Ford, onde trabalham 20 a 25 lusodescendentes, e queria manifestar a sua solidariedade no jogo com o Sporting, mas a UEFA proibiu.

A Ford anunciou nesta quarta feira que vai encerrar em 2013 a sua fábrica na cidade de Genk, na Bélgica, e vai transferir a produção em 2014 para a cidade de Almussafes, em Valência (Països Cataláns).

O encerramento da empresa provocará o despedimento de 4.300 pessoas que trabalham diretamente na Ford de Genk e o desaparecimento de mais 5.000 postos de trabalho indiretos.

Na empresa trabalham entre 20 e 25 pessoas que têm lusodescendência. Duarte Batalha Pardal, secretário da associação de portugueses de Waterschei, localidade próxima de Genk, na região flamenga de Limbourg, disse ao telefone à agência Lusa: "Trabalham na Ford de Genk entre 20 a 25 trabalhadores portugueses ou filhos de portugueses". "São mineiros ou filhos de mineiros que trabalhavam numa mina de carvão que fechou há 25 anos. Foram para a Ford e agora a fábrica vai fechar" disse ainda à Lusa Duarte Pardal, que trabalha no centro de testes da Ford em Lommel e esteve em greve de solidariedade nesta quinta feira.

Segundo a Lusa, Duarte Pardal, de 50 anos, natural de Aljustrel e residente na Bélgica desde os seis anos, considera que será "muito difícil" a estes trabalhadores voltarem a encontrar um emprego numa localidade com uma economia "muito dependente" da fábrica da Ford.

Nesta quinta feira, os trabalhadores da Ford de Genk estiveram em greve, manifestaram-se contra o encerramento da fábrica e, simbolicamente, queimaram um carro à porta das instalações da empresa.

O clube da cidade, que joga nesta quinta feira com o Sporting, solidarizou-se no seu site oficial com as famílias dos trabalhadores da fábrica da Ford e pediu para que os seus jogadores jogassem com um fumo branco no braço. No entanto, a UEFA não permitiu, argumentando com a sua política de restrição da divulgação de mensagens extra-futebol.

Herbert Houben, presidente do Genk, disse à VRT Radio: "A UEFA disse que não é permitido. Não sei se tem a ver com o facto de a Ford patrocinar a Liga dos Campeões. É uma situação estranha."

O clube apelou a que os seus adeptos usem braçadeiras negras nas bancadas e irá realizar outras ações de solidariedade com os trabalhadores nos próximos dias.


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