De acordo com dados divulgados recentemente pelo BdP (Banco do Povo da China), o ritmo de crescimento do PIB voltou a cair no terceiro trimestre deste ano, para 7,4%, com a tendência a continuar caindo no próximo período. Trata-se do menor índice desde o primeiro trimestre de 2009, do sétimo período consecutivo de desaceleração, do mais baixo índice desde 1990 e do fim das taxas de crescimento acima dos 10% anuais.
No mês de setembro, o crescimento das exportações, em 9,8%, tendo atingido o recorde de US$ 186,4 bilhões, representou o efeito imediato (e passageiro) dos volumes de moeda podre que o governo chinês voltou a injetar em larga escala no sistema financeiro, depois de uma expansão medíocre de 2,7% em agosto.
As emissões de bônus pelas empresas atingiram o maior valor da história no terceiro trimestre deste ano, com Rmb 735 bilhões (R$ 238,9 bilhões) e os empréstimos caíram para Rmb 623 bilhões (R$ 202,4 bilhões), em setembro, abaixo dos Rmb 650 bilhões a Rmb 700 bilhões esperados.
Aos US$ 650 bilhões liberados em 2009, somaram-se os US$ 157 bilhões do mês passado, além de bilhões que estão sendo liberados pelos governos locais, e outras medidas que buscam favorecer a especulação no mercado financeiro, tais como a redução das taxas de juros e o favorecimento dos investimentos especulativos estrangeiros.
Nos últimos dias, o BdP injetou Rmb 265 bilhões (US$ 42,14 bilhões) no sistema financeiro seguindo o mesmo mecanismo dos mercados especulativos imperialistas – principalmente, a compra de títulos financeiros podres com acordos de recompra reversa (reverse repos). No dia 25 de setembro, tinha sido feita uma operação similar por Rmb 290 bilhões. O objetivo seria, supostamente, reduzir a taxa de juros, mas, na prática, o foco tem sido salvar grandes empresas da bancarrota comprando títulos com vencimentos a curto prazo.