A Índia parou pela segunda vez este ano, na forte greve geral realizada na última quinta-feira.
A greve, convocada pela oposição e organizações sindicais, foi a resposta ao brutal ataque feito pelo governo do primeiro-ministro Manmohan Singh, representante da nefasta dinastia política dos Gandhi, que mantém a segunda população do planeta numa situação onde a maioria vive com menos de 2 euros diários.
Escolas, comércio, trabalhadores e funcionários públicos de várias partes do país aderiram ao movimento, bloqueando as ruas e os transportes.
O governou aumentou o preço do diesel em 14%, reduziu a compra das famílias para 6 garrafas de gás anuais a preços subsidiados, o que afetou milhões de lares que vivem na pobreza e miséria.
A chamada reforma económica do governo, abriu a entrada das grandes cadeias de supermercados e também escancarou as portas para as empresas estrangeiras aumentarem a sua participação nas empresas aéreas, assim como reduzir a participação em várias das grandes empresas públicas, avançando no caminho de entregar aos patrões as lucrativas, com um processo de privatização contra os interesses dos trabalhadores.
Essas medidas aprofundaram a crise do governo Singh, visto pela maioria da população como completamente corrupto.
É importante ressaltar a relevância desta greve geral no contexto regional já que, no vizinho Nepal, os trabalhadores também realizaram uma poderosa greve geral dias atrás, demonstrando que a crise imperialista está a provocar um ataque generalizado às condições de vida dos trabalhadores em todo o planeta. A Índia, assim como a China, faz parte de um seleto grupo de países com um declinante crescimento económico. Crescimento esse elogiado pela imprensa, mas incapaz de solucionar qualquer dos graves problemas económicos desses países, como demonstram estas greves gerais.