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Alemanha
Quase um milhão de aposentados estão à procura de emprego

Crise eleva para quase um milhão o número de trabalhadores aposentados que fazem "bico" para complementar a renda

30 de agosto de 2012

O avanço da crise econômica já atingiu os aposentados alemães. Segundo o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, o número de aposentados que tem emprego aumentou bastante nos últimos anos.

Entre os anos de 2000 a 2011 o número de aposentados com empregos subiu 60%. Ao todo são 915 mil idosos com mais de 60 anos que possuem empregos de meio período ou período integral e que tem remuneração de no mínimo 400 euros ou mais.

Os dados não são absolutos já que não incluem os aposentados autônomos. Apesar de abranger um período de mais de 10 anos, os números aumentaram mais nos últimos anos, em consequência direta da crise econômica. Somente em 2011, o número de aposentados com empregos aumentou em 121 mil.

Os dados são reveladores para um País como a Alemanha, a maior economia europeia e uma das maiores do mundo. É também significativo que idosos com mais de 70 anos estejam em busca de emprego, quando é notório que um trabalhador europeu quando se aposenta não precisaria voltar a trabalhar.

Um dos fatores principais é a queda constante do valor da aposentadoria. Segundo o jornal alemão, a aposentadoria tem caído muito nos últimos anos. Em 2000 um aposentado ganhava em média, 1.021 euros por mês, cerca de R$ 3.000. Depois de inúmeras reformas, o valor caiu para 953 euros.

O governo chegou a apresentar o motivo pelo aumento do número de aposentados em pequenos empregos como uma opção dos idosos para "passar o tempo", ou mesmo trabalhadores com maior qualificação que precisam de mais dinheiro para se manter financeiramente.

Um representante dos direitos dos aposentados, Ultike Mascher, desmentiu a versão do governo, dizendo que "no caso das 120 mil pessoas em miniempregos, acima dos 75 anos, não são os professores universitários que querem continuar trabalhando. São os aposentados que entregam jornais, arrumam as prateleiras nos supermercados e exercem ocupações pouco atraentes para melhorar suas magras aposentadorias." (EFE, 28/8/2012).

O caso da Alemanha nem é o mais alarmante da Europa, em outros países onde a recessão está mais aprofundada como na Grécia e Espanha as perdas dos aposentados são ainda maiores e há até casos de suicídios. Mas já é um alerta para o fato de que os aposentados e trabalhadores alemães já estão sentindo os efeitos da crise no país imperialista por excelência da Alemanha.


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