Não bastasse ter anunciado inúmeros cortes e pacotes econômicos nos últimos meses e o governo grego volta a carga e declara que mais cortes serão feitos no orçamento federal.
Segundo o Ministério das Finanças da Grécia, o governo vai apertar ainda mais o cerco contra os trabalhadores gregos e prometeu cortar nada menos que dois bilhões de euros a mais do que a meta estabelecida no começo deste mês.
A desculpa apresentada pelo governo é a mais fajuta possível, segundo o Ministério das Finanças, o aumento no corte de gastos é devido à queda na arrecadação de impostos. Com esta medida, ao invés de arrecadar mais o governo vai continuar arrecadando menos. Será um aumento ainda maior do flagelo contra o povo grego que já sofre com um desemprego de mais de 21,%.
Para os próximos dois anos, serão cortados 13,5 bilhões de euros em gastos públicos. A previsão inicial era de 11,5 bilhões de euros. Toda esta sanha em fazer os cortes, vem do imperialismo europeu que exigiu que a Grécia fizesse cortes equivalentes a 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto), entre os anos de 2013 e 2014.
Os cortes vão ser feitos por meio de reduções nos pagamentos de pensões e nos salários do setor público, vai atacar os gastos do consumidor e a demanda por bens e serviços.
Mas o que será feito em termos de cortes será definido ainda em uma reunião no próximo dia cinco de setembro com os representantes do FMI (Fundo Monetário Internacional, União Europeia e o Banco Central Europeu (BCE), ou seja, há uma interferência direta do imperialismo nos rumos da economia grega.
O governo grego está sendo chantageado com os cortes para que tenha o prazo estendido para cumprir a meta do déficit orçamentário até 2016.
As exigências do FMI são que o País chegue a reduzir o seu déficit orçamentário ao nível de 3% do PIB, uma façanha que vai custar a miséria de muitas famílias gregas.