O evento pacífico, convocado pela plataforma “Blockupy Frankfurt”, terá sido o culminar de quatro dias de iniciativas contra a política de austeridade seguida pela chanceler Angela Merkel.
Segundo um dos organizadores, Roland Seuss, o protesto teve como objetivo enviar um "sinal claro e visível da solidariedade internacional contra a gestão autoritária da crise e as políticas promotoras de pobreza da União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional". "Somos solidários com o povo da Grécia e outros países europeus que já sofreram fortes cortes de orçamento que ameaçam a sua sobrevivência", afirmou ainda Suess, citado pela Associated Press.
“Não estou a protestar de forma gratuita. Estou a manifestar-me em nome de um mundo onde todos têm o suficiente. O suficiente para comer, saúde suficiente. Um mundo no qual o fosso entre ricos e pobres não está sempre a aumentar”, afirmou Wuck Lienert, um manifestante que também participou nesta iniciativa.
O protesto terá sido acompanhado por um forte contingente policial que contou com mais de cinco mil agentes. As principais ruas do centro da cidade foram cortadas e algumas estações de metro e comboio foram encerradas. Foram ainda estabelecidos pontos de verificação nas estradas ao redor da cidade.
O cordão policial terá impedido os manifestantes de concentrarem-se, no final do trajeto, em frente do Banco Central Europeu (BCE).
Nos dias anteriores, a polícia não permitiu qualquer manifestação, tendo chegado a efectuar centenas de detenções de ativistas que alegadamente contrariaram a decisão judicial.