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190512-euroResistir - [*GEAB] 2º semestre 2012 – Convergência de quatro factores explosivos: Bancos, Bolsas, Reformas, Dívidas


Aguardando que a Eurolândia se dote, daqui até o fim de 2012, de um projecto político, económico e social comum de médio e longo prazos, na sequência nomeadamente da eleição do novo presidente francês François Holland, antecipada há numerosos meses pelo LEAP/E2020, os operadores permanecerão prisioneiros dos reflexos de curto prazo ligados aos sobressaltos políticos gregos, às incertezas sobre a governação da Eurolândia e aos riscos das dívidas públicas.

Paralelamente, nos Estados Unidos, o desaparecimento da ilusão de uma retomada acumulada à renovação de inquietações quanto ao estado de saúde do sector financeiro americano (de que o JPMorgan acaba de ilustrar a fragilidade) e ao grande retorno do problema do endividamento do país levam os actores económicos e financeiros a encarar um futuro cada vez mais inquietante.

No Reino Unido, o retorno em recessão do país conjuga-se com o fracasso em dominar défices e com a ascensão de uma cólera popular face a uma austeridade que não está senão nos seus princípios.

No Japão, a atonia económica e o enfraquecimento das exportações num contexto de recessão mundial fazem ressaltar o espectro do endividamento excessivo do país.

Neste contexto, de acordo com o LEAP/E2020, o segundo semestre de 2012 vai ser o momento privilegiado da convergência de quatro factores explosivos para as economias ocidentais: bancos, bolsas, reformas e dívidas.

Par os operadores económicos, financeiros ou políticos assim como para as simples famílias, esta convergência vai significar riscos importantes tanto sobre o estado das suas finanças como sobre a sua aptidão para enfrentar próximos desafios.

Neste GEAB nº 65, nossa equipe desenvolve pois suas antecipações referentes a estes quatro factores explosivos do segundo semestre de 2012 assim como as recomendações para minimizar as consequências negativas. Além disso, o LEAP/E2020 apresenta sua nova antecipação sobre as consequências da crise sistémica global em matéria de línguas internacionais (a nível mundial e na Europa) no horizonte 2030 a fim de ajudar pais e filhos, assim como as instituições pedagógicas, a fazer boas escolhas de aprendizagem linguística a partir de hoje.

Neste comunicado público do GEAB nº 65, nossa equipe optou por apresentar o factor explosivo correspondente às dívidas públicas e privadas.

 

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Dívidas: dívidas públicas dificilmente domináveis e dívidas privadas destruidoras... os credores aproximam-se dolorosamente da hora das contas e os povos de uma explosão de cólera

O LEAP/E2020 anunciou desde 2008 e repetiu numerosas vezes. Havia cerca de US$30 milhões de milhões de activos fantasmas no sistema financeiro mundial. Restam cerca de US$15 milhões de milhões que vão no essencial esfumar-se daqui até o fim de 2012. A boa notícia é que a partir deste momento poder-se-á encarar seriamente a reconstrução de um sistema financeiro mundial são. A má notícia, é que é no decorrer dos próximos trimestres que estes US$15 milhões de milhões se vão esfumar. Isso implica, naturalmente, como havíamos evocado anteriormente, a falência (e/ou o salvamento pelos Estados) de 10% a 20% dos bancos ocidentais. E desta vez, ao contrário de 2008/2009, os accionistas serão as primeiras vítimas (inclusive nos Estados Unidos), qualquer que seja a hierarquia dos seus direitos. Só os accionistas que possuírem um peso geopolítico importante serão tratados com respeito (fundos soberanos, Estados amigos, ...).

Em matéria de dívida privadas, as famílias vão no essencial, nomeadamente nos Estados Unidos e no Reino Unido, ter de enfrentar por si só as consequências das altas de taxas e da insolvabilidade induzida que as vão afectar. Capturados na armadilha da austeridade e da recessão, os Estados ocidentais não têm mais os meios de prestar socorros às classes médias enquanto o crescimento não tiver retomado por pouco que seja. E, infelizmente, não será esse o caso daqui até o fim de 2012. Vê-se actualmente nos Estados Unidos que a questão da dívida dos estudantes está em vias de se transformar em "subprime bis". Alta de taxas devido ao fim da política de bonificação pelo Estado federal e à paralisia política em Washington num pano de fundo de tentativas de domínio do défice federal que está em vias de criar uma situação desastrosa para milhões de jovens americanos e seus pais.

Na Europa, o Reino Unido já decidiu deixar sua classe média enfrentar sozinha seu endividamento recorde. Isso equivale a fazê-la cair na classe desfavorecida. Os próximos meses vão assistir a uma nova confrontação brutal entre esta classe média britânica e seus dirigentes, pertencentes quase todos à classe alta (upper-class).

No continente, através dos votos de rejeição dos dirigentes adeptos da austeridade como solução única e exclusiva para a crise do endividamento público, os povos abriram uma grande confrontação democrática com as elites estabelecidas desde há uma vintena de anos, e ao serviço dos credores. A tentativa que o novo presidente francês encarna, de abrir um caminho médio entre austeridade e relançamento keynesiano, ambas fracassadas pois são impossíveis politicamente ou orçamentalmente, vai vencer (pois doravante é a única viável em termos políticos e orçamentais) mas não antes do fim de 2012.

Nesse intervalo de tempo, sobressaltos políticos como na Grécia e negociações complexas no seio da Eurolândia vão dominar a agenda, tornando cada vez mais nervosos os credores e a sua emanação, os mercado. E este nervosismo dos mercados é agravado pela consciência da infinita fragilidade das instituições financeiras da Wall Street e da City face ao risco de não pagamento dos créditos: dívidas públicas ou privadas. Isto são quase os últimos restos do activo do seu balanço e eles esperam poder recuperar um valor significativo.

 

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Desde o fim do Verão de 2012, o retorno do tema do endividamento inadministrável dos Estados Unidos, ligado às reduções orçamentais automáticas impostas em caso de não acordo do Congresso sobre a redução do endividamento, vai desencadear um "Taxmageddon" nos EUA. Assistir-se-á assim ao remake da dupla detonador-bomba que as dívidas europeia e americana já jogaram no Verão de 2011, mas desta vez numa versão muito mais violenta. Com efeito, se os temores de ver o euro e a Eurolândia explodir desapareceram, eles serão substituídos por um perigo muito mais aterrador para os mercados: a monetização maciça e brutal da dívidas estado-unidense. Esta situação apresentar-se-á nos Estados Unidos com a agravante de ser dar num contexto de paralisia política completa, com um Congresso que será segmentada pela emergência de facções radicais tanto entre os republicanos ("Tea Party") como entre os democratas ("Occupy").

[*] Global Europe Anticipation Bulletin

 


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