O impasse na formação do novo governo grego está aprofundando a crise grega e levando a economia do País cada vez mais para fora da zona do euro.
As discussões sobre a possível saída da Grécia do bloco econômico já está fazendo com que Bancos e empresas já se prepararm para um eventual retorno da dracma, moeda grega.
Caso isso aconteça, analistas dizem que haveria de imediato uma desvalorização da dracma de 50%, já o Produto Interno Bruto (PIB) teria uma queda de 20% e a inflação chegaria a 50%.
A discussão sobre a saída da zona do euro já permeia desde 2010, ainda no governo Papandrou. A ideia seria abandonar o euro e desvalorizar a dracma, para dar maior competitividade para as exportações.
Muito se discute sobre a volta a dracma, mas na prática ninguém diz como isso seria feito legalmente. Inicialmente o governo grego deveria anunciar oficialmente que voltaria a imprimir a moeda local e o estabeler período de para a transição.
A chanceler alemã, Angela Merkel, desconversou sobre a saída da Grécia da zona do euro dizendo que o País "sempre" faria parte da União Europeia. Disse ainda que , "Isso nem se discute (...) acredito que seria melhor para os gregos permanecer na zona do euro. Mas isso exige que tenhamos um plano pelo qual a Grécia consiga se levantar de novo, passo a passo (...) A solidariedade só vai terminar quando a Grécia disser: não vamos cumprir os acordos" (Associated France Press, 14/5/2012). Uma verdadeira chantagem para manter a Grécia sob rédeas curtas mantendo a aplicação do plano de austeridade no País.
Já a ministra de Finanças da Áustria, Maria Fekter, foi ainda mais longe dizendo que a Grécia ao sair da saída da zona do euro automaticamente sairia também da União Europeia. De acordo com a ministra a Grécia não atende nem os critérios econômicos da União Europeia.
O aprofundamento da crise grega que pode levar sua saída da zona do euro vai repercutir nas demais economias europeias agravando a recessão europeia de conjunto.