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7249415086 77f5bbabb7 zGrécia - Diário Liberdade - Alexis Tsipras acaba de aproveitar a deceçom criada por ele próprio para sair reforçado na sua política de pactuar com o capitalismo internacional.


Foto de Fraktion Die Linke (CC by-nc/2.0/)

Pode parecer magia, mas nom é: o Primeiro Ministro grego Alexis Tsipras acaba de aproveitar a deceçom criada por ele próprio na classe trabalhadora grega para sair reforçado na sua política de pactuar com o capitalismo internacional.

O Syriza de Tsipras tencionou, desde a sua vitória nas eleiçons gregas de janeiro de 2015, negociar com a Troika as condiçons dos já três mal-chamados 'resgates', mas sem se arriscar a um plano de ruptura. Com essa proposta como programa eleitoral, Tsipras fijo coincidir o neoliberalismo internacional e o comunismo nacional do KKE: era impossível. O cumprimento dessa evidência trouxo, para além do corralito , a deceçom mais absoluta à classe trabalhadora grega, empobrecida por anos de crise capitalista e planos de ajuste que incluírom, entre outras cousas, cortes no acesso à saúde, selvagens cortes nos subsídios por reforma e desemprego, descidas nos salários (tanto diretos como indiretos) e aumentos do sistema impositivo nom progressivo.

Em menos de um ano, Tsipras ganhou as eleiçons, convocou um referendo do qual desrespeitou o resultado, passou do discurso inflamado a ceder em absolutamente todo aos ditados da Troika, sofreu umha cisom do seu partido... e acabou de vencer nas novas eleiçons sem quase desgaste.

Syriza tem 145 assentos e fica a seis da maioria absoluta, perdendo quatro a respeito de janeiro. Em segundo lugar, a direita da Nova Democracia, com 75 assentos, também mantém um resultado similar ao de janeiro. O partido nazista Amanhecer Dourado cresce de 17 para 18 representantes, enquanto as pessoas migrantes morrem afogadas nas ilhas gregas. O terminal Pasok recupera um pouco de força e coloca-se em 17 assentos, dous mais que o Partido Comunista da Grécia (KKE), que obtém os 15 que já conseguira há oito meses. Anel perde um quarto das cadeiras - o partido conservador um discurso duro contra o memorando da Troika, mas apoiou ao governo da Syriza que acabou por aceitá-lo - e o EK é a nova força no parlamento com 9 representantes. Fica fora a cisom do Syriza, alegadamente pola esquerda, Unidade Popular.

Tsipras declarou a sua intençom de manter o pacto com a Anel que tam bom resultado deu ao capital transnacional num 2015 pésimo para os interesses da classe trabalhadora grega.

Como se explica a vitória do Syriza?

Umha manobra mestra de Alexis Tsipras fai que o descontentamento que ele próprio gerou ao descumprir as suas impossíveis promessas sirva para legitimar o seu pacto com a Troika.

Recentes inquéritos de opiniom revelavam como cerca de 80% da populaçom estava descontente com as medidas adotadas polo governo do Syriza em coligaçom com a Anel. No entanto, quando perguntada sobre qual partido votaria, a maior parte dos inquéritos publicados coincidiam em assinalar esse mesmo partido governista como a opçom favorita. Ainda, com umha convocatória prematura, Tsipras evitou que a cisom 'esquerdista' do Syriza pudesse se organizar.

A sensaçom de deceçom é generalizada, logo após as esperanças criadas por Tsipras e a sua equipa se revelarem completamente falsas. Os e as gregas, desarmadas pola (previsível) traiçom de Tsipras, nom identificam qualquer arternativa crível no cenário eleitoral. Nom por acaso, a abstençom aumentou 10 pontos desde as eleiçons do passado mês de janeiro, até marcar o máximo histórico na Grécia, com apenas 56,57% do corpo eleitoral a visitar as urnas e num ambiente a cada vez mais adequado para o aumento das opçons abertamente fascistas.

No desejável caso disso nom acontecer, o que é seguro é que vem à frente umha legislatura de reforço das políticas de saque e rapina.


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