O movimento islâmico, no poder em Gaza, e a Autoridade do presidente Mahmud Abbas, que administra as áreas autónomas na Cisjordânia, estão em constante conflito há anos e as suas relações estão no seu nível mais baixo.
O Hamas clama regularmente contra a autoridade de Abbas, a quem acusa de manter uma cooperação com Israel.
Num novo gesto de desafio à Autoridade Palestiniana, os deputados do Hamas reuniram-se no edifício do parlamento em Gaza, local desactivado desde 2007 com a tomada do poder pelo Hamas.
Eles chamaram a "uma revolta e rebelião contra as detenções por motivos políticos" e exortou todos os grupos palestinianos a "adoptar uma posição firme em relação aos crimes da Autoridade contra a resistência e os seus membros", segundo um comunicado.
Os deputados denunciaram a cooperação de segurança com Israel como "alta traição", acrescenta o texto.
A cooperação em questão é a pedra angular dos acordos de autonomia assinados em 1993 em Oslo e que prevêem a coordenação entre as forças israelitas e palestinianas nos territórios ocupados.
No início de Julho, o Hamas acusou a Autoridade Palestiniana de prender "mais de 200" dos seus membros na Cisjordânia.
Em 2007, o Hamas e o Fatah de Abbas envolveram-se numa guerra pelo controlo de Gaza.
Em 2014, os dois rivais assinaram um acordo de reconciliação que fracassou.