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280514 villarejo2Estado espanhol - Diário Liberdade - Recém eleito deputado no Parlamento da UE pola candidatura Podemos junto a mais 4 integrantes do coletivo, o procurador Carlos Jiménez Villarejo, ex-militante de ICV-EUiA na Catalunha, confirma vocaçom pró-espanhola do grupo liderado por Pablo Iglesias.


A grande revelaçom das eleiçons do passado 25 de maior, Podemos, representa um coletivo que, segundo o seu chefe de campanha, Íñigo Errejón, "vai além das definiçons entre as etiquetas esquerda e direita", defendendo "o poder dos cidadaos". Se bem a definiçom ideológica parece pouco clara por enquanto, já na campanha nom faltárom apelos do seu líder, Pablo Iglesias, ao "verdadeiro patriotismo" (espanhol), junto à contraditória defesa declarativa do "direito a decidir", numha possível piscadela ao eleitorado da esquerda independentista, especialmente catalám, umha vez que a CUP nom participou na recente convocatória eleitoral.

De facto, Podemos conseguiu espetaculares resultados um pouco por todo o Estado, inclusive na Catalunha, País Basco e Galiza.

Os "objetivos espúrios" dos soberanismos

Entre os cargos eleitos, destaca o procurador Carlos Jiménez Villarejo, procedente da filial catalá de Izquierda Unida, abertamente enfrentado às aspiraçons independentistas, maioritárias no povo da Catalunha, motivo polo qual terá abandonado a sua anterior organizaçom, "nacionalista de mais" para o veterano jurista.

Som numerosas as intervençons no debate público do lado do "constitucionalismo" espanhol contra o soberanismo por parte de Jiménez Villarejo, que denunciou um alegado "distanciamento de Espanha por objetivos espúrios", em referência ao movimento catalám pola emancipaçom nacional.

A posiçom do número 3 de Podemos, autodeclarado "republicano e federalista", nom é nova. Leva anos a escrever em diferentes jornais do sistema (El Períodico, El País, Crónica Global...) contra a aplicaçom do direito de autodeterminaçom no interior das atuais fronteiras do Estado espanhol. Entre as suas contundentes declaraçons, destacam algumhas como a seguinte, publicada no El Periódico da Catalunha:

"É evidente que só a partir da manipulaçom ou a ignoráncia, ou ambas cousas ao mesmo tempo, é que podem invocar-se aqueles precedentes [do direito à autodeterminaçom] para reivindicar a pretensa independência da Catalunha no século XXI'. (Em referência aos numerosos precedentes de aplicaçom do direito de  autodeterminaçom nas últimas décadas nos quatro cantos do planeta).

As contradiçons de Jiménez Villarejo... e de Podemos

Hoje mesmo, o novo deputado de Podemos reivindica a sua posiçom unionista espanhola e contrária nom só à independência catalá, mas também a dar a voz ao povo catalám para que poda nem que seja "opinar" sobre o assunto. Jiménez Villarejo afirma que, ao abandonar ICV-EUiA devido ao apoio dessa organizaçom ao referendo catalám, aderiu a Podemos para "conectar com outros movimentos em que o soberanismo nom fosse um tema central".

O procurador ainda nom se estreou como novo deputado e já contabiliza o seu primeiro incumprimento. Confirmou hoje mesmo que irá assumir como novo eurodeputado, mudando assim a sua anterior declaraçom, antes do 25 de maio, segundo a qual nom iria ocupar o posto se fosse eleito.

A configuraçom netamente espanhola da campanha e dos conteúdos das propostas de Podemos nas últimas semanas parecem confirmar a sua vocaçom de se erigir em representante dos "indignados", a partir, isso sim, de posiçons "críticas" no plano social, mas integradas nos princípios constitucionais. A esses princípios apelam nestes dias os seus líderes para lembrar que a Carta Magna espanhola de 1978 consagra "a pluralidade política" que eles teriam vindo a garantir.

Quanto ao referendo catalám, o programa de Podemos evita um compromisso explícito com o mesmo, se bem o seu líder Pablo Iglesias sim o tem apoiado em diferentes declaraçons. O referido programa fala sim de generalizar os referendos para todo o tipo de assuntos, sem concretizar os ámbitos concretos em que deveriam realizar-se, facto central na definiçom de um programa para esclarecer se é autodeterminista ou unionista espanhol.

Já no plano social, o movimento "cidadanista" liderado polo mediático Pablo Iglesias, docente bem conhecido pola sua participaçom estável em programas de opiniom de diferentes canais televisivos, situa-se em posiçons "alternativas" ou "radicais" no sentido que esses termos assumem no principal referente europeu do reformismo dos nossos dias: a grega Syriza, que no dia 25 se converteu na primeira força do seu país e lidera o grupo parlamentar em que Podemos e Izquierda Unida vam integrar-se no Parlamento da Uniom Europeia.

À espera de umha definiçom mais nítida e, sobretodo, de umha prática que a sustente, alguns sintomas obrigam os movimentos populares das naçons oprimidas polo Estado espanhol a ficar de pé atrás. Nom sabemos ainda se Podemos defenderá umha "España roja", mas todo indica que farám bloco com os grandes partidos espanhóis para evitar a "España rota".


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