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iraq-elections-560215Iraque - Vermelho - Têm início nesta quarta-feira (30) as eleições parlamentares no Iraque para os civis, enquanto o governo e as forças de segurança continuam buscando conter a violência em escalada no país.


Vários ataques atingiram diferentes pontos do país, em que ao menos sete pessoas morreram. Diante do significado da votação, a população divide-se entre os receosos e os que tentam encontrar uma saída para a crise, fortalecendo o Iraque.

São as primeiras eleições desde que os EUA retiraram as suas tropas, em 2011, após oito anos de ocupação. Cerca de 39 grandes coalizões participam, e setores das forças de segurança já votaram no fim de semana, quando o exercício não foi poupado pelos atentados: cinco pessoas morreram em uma explosão na capital, Bagdá. Na semana anterior, durante a realização dos comícios, foram mais de 30 vítimas fatais.

Devido à situação sociopolítica atual, em que o governo do primeiro-ministro Nouri Al-Maliki combate grupos extremistas como o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) e a intensificação da violência na região, o Parlamento a ser constituído nessas eleições terá mais responsabilidades.

O sistema parlamentar iraquiano garante que esta instância esteja no centro das decisões governamentais; por isso, a diversidade na sua constituição (com as diferentes tendências políticas e religiosas) é de extrema relevância.

Os três principais grupos na sociopolítica iraquiana são os xiitas, os sunitas e os curdos, embora também sejam crescentes as expressões em prol do secularismo. A coalizão liderada pelo primeiro-ministro Maliki, que pode ser reeleito pela terceira vez, é a “Estado de Direito”, que goza de significativa popularidade entre os iraquianos, de acordo com observadores nacionais.

Os principais pontos abordados pelos candidatos em suas campanhas eleitorais foram a segurança, ao luta contra o terrorismo e a implementação de reformas políticas, com o avanço para a estabilidade. O país vive o segundo período mais violento dos últimos anos: apenas nos primeiros meses deste ano, mais de mil pessoas já morreram em atentados a bomba, principalmente perpetrados pelo EIIL, que também atua na vizinha Síria.

Igualmente, a Arábia Saudita é acusada de apoiar o grupo extremista, assim como faz no território sírio, com o intuito de desestabilizar a região. Para críticos, o ataque é contra a liderança xiita, uma vez que a monarquia saudita é sunita. Entretanto, resumir com aspectos religiosos a disputa regional pode ser a simplificação de expressões políticas e econômicas mais abrangentes no conflito.

A maior parte dos combatentes dos grupos extremistas na região tem nacionalidade saudita, como já denunciaram autoridades e especialistas do Iraque, da Síria e do Líbano, que também tem sofrido as consequências da expansão da atuação radical. Ainda assim, mesmo que setores nos EUA vejam na situação o pretexto ideal para o retorno das suas tropas, os iraquianos, que rechaçam a retomada da ingerência imperialista em sua política nacional, tentam enfrentar a questão de forma soberana.


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