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081213 mandela nelsonÁfrica do Sul - Prensa Latina - África do Sul, e em especial Johannesburgo, preparam-se hoje para um magno serviço fúnebre e expressar o último adeus ao ex-presidente Nelson Mandela, enquanto o país espera a chegada de presidentes de dezenas de nações.


Como resultado destas planificadas cerimônias, todos os hotéis e a vendas de automóveis na província de Gauteng foram postos em imediata condição de "block out" a partir desta sexta-feira, informou uma nota do governo.

Temos sido notificados por autoridades oficiais em Pretoria de colocar todas nossas reservas em "block out" (fechamento de vendas ao público), corroborou em um comunicado Eric Sakawsky, gerente geral da Corporate Traveller, uma divisão de Flight Centre.

Esta condição especial permanecerá entre o dia 6 até o 25 de dezembro, mas não afetará às reservas confirmadas e pagas durante uma etapa anterior a esta resolução, declarou Sakawsky.

Mandela morreu em sua residência de Houghton, Johannesburgo, na quinta-feira última à idade de 95 anos.

Um serviço comemorativo está previsto levar-se a cabo no Estádio FNB de Soweto na próxima terça-feira.

Posteriormente os restos do venerado lutador antiapartheid será velado entre o 11 ao 13 de dezembro na sede de governo de Union Buildings, onde Mandela desempenhou entre 1994 e 1999 como primeiro presidente negro da África do Sul democrática.

Finalmente o Prêmio Nobel da Paz será honrado com um funeral de Estado no povo de Qunu, em sua província natal Eastern Cape, a 907 quilômetros ao sudeste de Pretoria.

Entre as autoridades que a imprensa sul-africana tem mencionado que comparecerá aos atos públicos estão o presidente Barack Obama, e os ex-presidentes também estadunidenses George W. Bush e William Clinton.

Autoridades nacionais esperam sobretudo uma grande quantidade de estadistas, líderes executivos, chefes de partidos, e delegações ministeriais procedentes do continente africano, Ásia e o Médio Oriente.

Neste sábado de manhã as velas ainda piscavam e muitas bandeiras flamulavam nas frentes das casas relacionadas com Mandela em Vilakazi Street, Soweto, e Houghton, norte de Johannesburgo.

Dúzias de pessoas permaneceram toda a madrugada nestes lugares para manifestar agradecimento e honrar ao homem que sacrificou a maior parte de sua vida para converter a África do Sul em um país livre, justo e democrático.

Da mesma maneira centenas de cidadãos residentes nas nove províncias sul-africanas estão chegando até as cercanias de Union Buildings para entregar cartas de condolências ou assinar os livros de honra.

O Congresso Nacional Africano, partido que deu respaldo popular para derrocar ao regime racista do apartheid após 1990, criou um site na Internet para permitir a todas as pessoas do mundo deixar mensagens sobre Mandela.

Dirigentes dos principais partidos políticos sul-africanos renderam honra ao falecido ícone das lutas pela dignidade humana, a quem coincidiram em qualificar também como um mentor das ações em defesa da liberdade do indivíduo.

A líder de Aliança Democrática (AD), Helen Zille, assinalou que Mandela foi um dos maiores homens que o sul de África tenha conhecido. Hoje somos uma nação unida na dor e tristeza profunda, disse.

Nunca veremos a outro homem semelhante. Choremos sua morte, mas celebremos sua vida, e, sobretudo, defendamos os valores humanos pelos que combateu durante toda sua existência, declarou a chefa de AD.

Por seu lado, o secretário geral de Luchadores pela Libertad Economica (LLE), Julius Malema, manifestou que "são dias difíceis, mas nossa fé como nação deve contribuir forças para seguir adiante. Saúde, Parceiro Presidente Madiba".

A diretora política do partido Agang SA, Mamphela Ramphele, afirmou que a vida de Nelson Mandela foi um "depoimento supremo de grandeza e um exemplo sobrehumano de dignidade em pró da harmonia nacional".

Mangosuthu Buthelezi, presidente do Partido da Liberdade Inkatha, disse que a dor de África do Sul é palpável e imensa.

Nos últimos meses têm sido muito difíceis, todos esperávamos notícias sobre a saúde de Madiba e oramos pela força da família Mandela.

O ex-presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk manifestou que tinha recebido com amarga surpresa e desconsolo a notícia da internação de Nelson Mandela, por causa de uma infecção pulmonar derivada de seu extenso período na prisão.

Mandela passou quase três décadas em prisão, depois de ser declarado culpada em 1964 de sabotagem e tentativa de derrocar ao governo segregacionista contra o qual lutou desde meados do século anterior.

Advogado de profissão, Nelson Mandela ficou livre em 1990 e quatro anos mais tarde converteu-se no primeiro presidente negro na história de África do Sul.

Em novembro último a ex-esposa de Mandela, Winnie Madikizela comentou que o herói sul-africano já não podia falar, porque tinha canos que lhe ajudavam a limpar seus pulmões e que utilizava gestos para se comunicar.

Os problemas pulmonares que o afetaram desde 2011 foram causados principalmente pelos anos que esteve internado em péssimas condições no cárcere de Robben Island, no extremo sul deste país.


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