Um milhar de pessoas lograram entrar no Ministério das Finanças, com um total de 30.000 marchando para outros 12 edifícios na capital, Banguecoque, e noutros pontos. Os lugares ocupados incluíram escritórios do governo, edifícios militares, bases navais e canais de televisão do estado.

Estas manifestações, que começaram já no mês passado, foram desencadeadas por um projecto de lei de amnistia apoiado pelo governo que poderia levar ao retorno do irmão da primeiro-ministro, ex-premiê deposto Thaksin Shinawatra, sem enfrentar a pena de prisão por condena de corrupção ditada em 2008.

Há que indicar que o actual partido no governo, o Phak Phuea Thai, é a terceira incarnação dum partido originalmente fundado por Thaksin Shinawatra que foi oficialmente ilegalizado por "fraude eleitoral". Porém, a deposição de Thaksin Shinawatra foi precipitada pelo golpe de estado militar de 2006, que provocou uma crise política durante um ano, embora sempre baixo o olhar e complacência do monarca tailandês, Bhumibol Adulyadej.

Embora o tal projecto de amnistia tenha sido deixado cair por enquanto, as manifestações têm-se transformado numa chamada para a mudança total do governo. A actual primeiro-ministro e "empresária de sucesso", Yingluck Shinawatra, enfrenta um debate não-confiança amanhã (26 de Novembro), mas já confirmou que não vai deixar o cargo. Yingluck Shinawatra fora acusada por sua vez, no seu momento, de fraude fiscal pela junta militar a seguir o golpe do 2006.

No complicado panorama político e social tailandês, uma "monarquia constitucional" tutelada, aguardam-se ainda mais manifestações e protestos.