A comissão do senado italiano criada para analisar sobre a cassação do mandato do senador Silvio Berlusconi votou pela perda do cargo do ex-primeiro-ministro na última sexta-feira (4). A decisão deve passar nos próximos dias pelo plenário que dará a decisão final sobre a permanência de Berlusconi na casa e a possível antecipação de sua pena.
O Supremo Tribunal italiano condenou o líder do partido Povo da Liberdade (PDL) a quatro anos de prisão em maio deste ano, dos quais três foram anistiados, e a cinco anos sem poder exercer o cargo público. Berlusconi é acusado de crimes de fraude fiscal, na compra de direitos de filmes, pela rede de televisão Mediaset, do qual é proprietário.
Silvio ainda espera pela decisão do recurso apresentado sobre a sentença que lhe impede de assumir cargos. Berlusconi ainda sofre outros dois processos, um por corrupção e outro por obstrução à Justiça e prostituição de menores, mas que estão parados na justiça.
O ex-primeiro-ministro afirma que há um esforço da oposição à sua figura, que conta inclusive com membros do próprio partido, para sua condenação e cassação. “Não há possibilidade de defesa e não há razão para comparecer perante pessoas que já anunciaram por meio da imprensa qual decisão vão tomar”, afirma o senador que não foi à sessão que é a favor de sua saída.