No mês de outubro do ano passado, o presidente Mariano Rajoi anunciou um empréstimo do Estado a bancos em falência. Naquele tempo falou-se da quantidade de 40.000 milhões de euros. Rajoi assegurou no Parlamento que o Estado nunca renunciaria a este dinheiro e que os bancos e caixas teriam que o devolver "com absoluta certeza".
Nove meses depois, o Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária fez públicas suas contas e assume que, dos 52.000 milhões de euros que finalmente deram às entidades financeiras, 36.000 são já considerados "perdidos", quer dizer, não vão ser recuperados pelo Estado.
Com esta decisão, os bancos já não estão obrigados a devolver o dinheiro, que era dos cidadãos e das cidadãs do Estado espanhol. Assim sendo, pode já se dizer que o Governo espanhol presenteou as entidades com uma quantidade que supõe mais do que a dos cortes em educação e previdência somadas.
Os bancos e caixas que viram como se eliminava sua dívida em nove meses são: Bankia, Novagalicia (NCG), CatalunyaCaixa, Banc de Valencia, Caixa Espanha Ceiss e BMN.