A data exata das conversas será fixada após o retorno à região do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, da ONU, onde solicitará a elevação do status do país de entidade observadora ao de país não membro.
Caso seja aceita, a iniciativa permitirá ao Governo autonômico denunciar nos órgãos da ONU os crimes de guerra das tropas israelenses na Palestina, que passará a ser território em disputa pela condição de país ocupado por uma potência estrangeira.
As autoridades israelenses ameaçaram destruir a ANP caso de a proposta, que conta com o apoio da maioria dos membros da Assembleia Geral da ONU e a oposição declarada do Governo dos Estados Unidos seja aprovada.
Em 2011 os palestinos tentaram obter o reconhecimento como membro pleno da ONU, o que tem que ser aprovada pelo Conselho de Segurança, mas uma intensa pressão de Washington e Israel impediu-o.
O novo impulso reconciliador ocorre após declarações de princípio emitidas por fontes palestinas durante e após a agressão israelense de várias semanas contra a Faixa de Gaza nas qual morreram 177 civis e ao redor de 1.000 ficaram feridos, conforme os informes ainda incompletos.
Os princípios da reconciliação foram estabelecidos e todos os líderes palestinos serão convocados ao Cairo para colocá-los em vigor, precisou Jalil Asaf, líder da Coalizão de Independentes assentada na Cisjordânia, em declarações à agência de notícias MAAN.
O Hamas (Fervor, árabe), movimento islâmico palestino que governa Gaza, e a ANP se enfrentam por diferenças sobre os métodos para a proclamação do estado palestino independente.