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271012 obromEstados Unidos - MAS - Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, foi eleito em 2008 com uma imagem "esquerdista", mais ligada à realidade do povo trabalhador e com um discurso de que traria mudanças na presidência após os oito anos sombrios de George Bush Jr.


A campanha anterior de Obama, em 2008, havia sido capaz de galvanizar muitos setores, não só da classe dominante, mas também da classe trabalhadora: desde sindicatos e estudantes universitários a negros e latinos. Ele também foi capaz de coletar mais fundos e recrutar mais militantes para a sua campanha do que o seu concorrente republicano (John McCain).

A vitória eleitoral de Obama traduziu nas urnas a raiva e o descontentamento dos americanos com a caótica situação económica e política à qual Bush havia conduzido o país, levando-o ao que chamamos de crise do imperialismo americano, que se deu após o ataque às torres gémeas (11/9/2001) e pela sua incapacidade de vencer as guerras do Iraque e do Afeganistão, como planeado. No entanto, a realidade mostrou que Obama era apenas uma continuação da presidência de Bush, embora com um apelo mais charmoso e popular.

Obama sustentou toda a sua campanha de 2008 no discurso da “Mudança”, fazendo muitas promessas: terminar as guerras do Iraque e do Afeganistão, defender os direitos trabalhistas através da assinatura da Lei do Empregado e Livre Escolha (EFCA, sigla em inglês) [1], tornar os fundos de saúde financiados pelo governo federal e o sistema single-payer [2] uma realidade (ele inicialmente apoiava a Lei de Reconciliação da Saúde e da Educação de 2010), assinar um projeto de Reforma da Imigração para acabar com as deportações e a “ilegalização” de trabalhadores sem-documentos e assim por diante.

Porém, desde que tomou posse em 2008, as políticas de Obama afirmaram a nossa análise sobre a sua candidatura e regime: continuou e intensificou a agenda de Bush de guerras imperialistas, manteve a desregulamentação financeira (iniciada por Clinton) que contribuiu para a “grande recessão” [3] pela qual passamos, ampliou os programas de Livre Comércio que havia criticado levemente (Coreia do Sul, Panamá, Colômbia) e também lançou uma onda sem precedentes de ataques à classe trabalhadora para fazê-la pagar por toda a crise. Isso começou pelos serviços sociais (ameaças de corte na Seguridade Social, Medicare, etc.), atingindo depois os direitos dos trabalhadores públicos e as suas aposentadorias e os cortes dos orçamentos para a educação pública, recusando qualquer plano real de obras públicas para combater o desemprego ou qualquer limitação à ação predatória dos bancos que deixaram mais de dois milhões de famílias sem casas, o que permitiu que a disparidade entre negros e brancos se intensificasse.

A realidade mostrou que as promessas de Obama foram esforços evidentes para aplacar os desejos da classe trabalhadora e das massas oprimidas, para dar à burguesia o tempo necessário para se preparar e se armar para responder à crise económica que acabava de estourar. Não é nenhuma surpresa que uma das primeiras medidas que tomou como presidente foi a entrega de biliões de dólares públicos para os grandes bancos e corporações, os mesmos responsáveis pela crise económica.

Muitos trabalhadores não entendem por que políticos como Obama atrevem-se a enganar o próprio povo que os apoiaram para que pudessem tornar-se presidente. A razão disso é que, por trás de todas as palavras de Obama, existem os interesses da classe que ele defende. Obama não é uma “roda solta” no sistema capitalista. Ele é o mais alto representante do Partido Democrata, um partido que, com os republicanos, há décadas dedica-se a manipular, reprimir e explorar as massas, a fim de tirar delas o máximo lucro para os patrões. Em três anos e meio de administração, Obama fez o jogo de fingir-se de “esquerda” para girar à direita.

Em outras palavras, usou métodos diferentes dos empregados pelo Partido Republicano, mas para alcançar sempre os mesmos objetivos por meio de políticas similares.

A reeleição de Obama será fácil?

Todos os sinais (ou seja, as pesquisas eleitorais [4], o imenso fundo de campanha levantado, a falta de popularidade de Mitt Romney, os sindicatos e os meios de comunicação no bolso de Obama, etc.) apontam para uma boa chance de Obama conseguir ser reeleito em novembro de 2012. Mas não podemos ser tão deterministas e deixar as coisas por isso mesmo. O mais interessante é compreender a ideologia da campanha de Obama – o seu slogan é “Para Frente” (em oposição à “mudança”, de sua última campanha eleitoral) - e como ele está pensando em ganhar dizendo aos americanos que eles devem elegê-lo porque Mitt Romney e os republicanos levarão os Estados Unidos de volta aos anos de Bush Jr., para o “passado sombrio”. Ele irá, pelo menos, mover as coisas “para frente”.

Mas o que esse discurso de “para frente” e “progresso” realmente significa para os 99% - mais especificamente a classe trabalhadora e os oprimidos? Se olharmos para a atual administração de Obama, ele e a classe dominante estão a nos dizer que as mesmas políticas e planos serão empurrados para frente, ou seja, atacar a classe trabalhadora local e continuar com a agenda imperialista de recolonização e exploração de nações coloniais e semicoloniais. Então o “progresso”, conforme Lenine já havia anunciado em 1916, é uma “decadência” e uma ameaça para a maioria da população mundial.

Além disso, a confiança de Obama em apontar a retórica direitista de Romney e dos republicanos quase como uma tática do medo, uma tática consciente da escolha do mal menor, é indicativo da vontade dos norte-americanos de não quererem voltar aos anos da era Bush (2000-2008) e de como este período ainda ressoa nas pessoas como sendo os “maus momentos” - um período de crise económica e diminuição do padrão de vida. A exploração deste fato por Obama é consciente, e ele está apostando em ganhar com esta estratégia, a fim de conter os ataques que ele vai receber por seu fraco desempenho nos últimos quatro anos.

Duas tendências que terão impacto na reeleição de Obama

Torcendo os factos da economia

A campanha de Obama para o outono de 2012 faz propaganda dos “28 meses seguidos de crescimento do emprego” e do seu sucesso em reviver as indústrias automobilísticas. Por mais que tente, Obama está a ter muitas dificuldades em pintar um futuro mais otimista para a economia. Isto porque a maioria da imprensa burguesa [5] e até mesmo a Reserva Federal dos EUA (FED, o Banco Central norte-americano) [6] estão a ver apenas sinais de estagnação económica. Embora tenha havido uma recuperação momentânea e redução do desemprego no trimestre anterior à primavera de 2012 [7], os dados, desde então, têm mostrado que esta era apenas isso: momentânea e não estável.

Conforme descrito por Eduardo Almeida em "A economia global estremece" [8], será preciso um bom tempo ainda para os capitalistas retornarem o crescimento dos anos anteriores à recessão. Todos os sinais apontam para a manutenção da crise económica e para uma tendência provável a uma recessão de duplo mergulho [ou em W] - ou seja, a tendência é de que vamos entrar em outra crise económica como em 2008. O socorro anterior de biliões de dólares entregues à burguesia pelo governo não funcionou e é um plano que eles não podem mais sustentar ou não são capazes de repeti-lo.

Ainda assim, Obama tem margem de manobra para dizer que não ocorreu uma recessão de duplo mergulho e que as suas medidas económicas estão a ter o efeito de, pelo menos, deter o agravamento da crise económica. No entanto, esse raciocínio não pode ser mantido por muito tempo e, a não ser que haja outra retomada da economia, embora seja pouco provável, conforme descrito anteriormente, a crise económica será ainda o maior obstáculo para a reeleição de Obama, por mais que o seu talento seja usado para torcer os fatos a seu favor  [9].

Giro à direita de Romney e do Partido Republicano

Outra tendência que está tendo impacto sobre as oportunidades de reeleição de Obama é a retórica de direita e a política dos republicanos e de seu candidato presidencial Mitt Romney. Mitt Romney, um mórmon (uma variação impopular da religião cristã nos EUA), está a provar ser um candidato de pouco brilho para o Partido Republicano. Ele tem muitas fraquezas e furos, os quais são aproveitados pela campanha de Obama e pelos seus partidários. A estratégia da campanha democrata é apontar as deficiências de Romney para fazer de Obama o candidato do “mal menor”.

De um lado, a riqueza de Romney [10] tornou-se um alvo fácil para Obama (embora ele próprio não possa ser classificado como um trabalhador). Romney, por sua vez, tenta fazer-se passar por um empresário de sucesso que será capaz de corrigir a economia que ele afirma ter sido arruinada por Obama. Dada a crise económica e social nos EUA, a identificação de Romney com os 1% ( isto é, os mais ricos) é mais um passivo, ao invés de uma vantagem, já que se trata de uma eleição popular.

Outro ponto negativo para Romney é sua opinião de direita sobre muitos temas populares entre os americanos, principalmente entre a classe operária e as comunidades oprimidas. Por enquanto, por meio de sua campanha, está a tentar fazer as pessoas esquecerem as suas posições sobre uma variedade de questões como o aborto e a contraceção, a imigração, os direitos sindicais e LGBT, expressadas quando ele estava a competir para ser o candidato republicano à presidência, nas prévias do ano passado [11]. Porém, este vai e vem em posições-chave tornou-se outro ponto fraco que os democratas e os liberais estão a aproveitar [12].

No entanto, mesmo que Romney tente pintar-se como um candidato diferente de Obama, a realidade é que os candidatos dos dois partidos compartilham uma agenda semelhante e concordam em muitos pontos. Eles só discordam em como melhor aplicá-los e isto inclui a política externa [13], a saúde, os laços estreitos com o capital financeiro e as empresas, a política de imigração, os cortes nos programas sociais e de funcionários públicos e assim por diante.

Obama, o melhor candidato burguês para atacar a classe trabalhadora e os oprimidos

Desde 2010, a política de imposição de medidas de austeridade contra a classe trabalhadora e os oprimidos nos EUA e no mundo não enfrentou muita resistência do povo norte-americano. Isso mudou drasticamente recentemente, com a ocupação da capital de Wisconsin, em 2011, e com o movimento Ocuppy, no outono do mesmo ano.

A resposta do governo norte-americano para esta crise económica é a “doutrina de choque”, isto é, a utilização da crise económica para cortar o que resta do Estado de bem-estar social dos EUA e privatizar os serviços públicos para fornecer novas bases para aumentar a taxa de lucro. Isso pode ser visto pelo que foi arrancado da educação pública, dos serviços sociais para os pobres, idosos, mães e necessitados (ou seja, Medicaid, vale-refeição, etc.). Em vez de reforçar os serviços para os pobres e necessitados em tempos de severidade económica e social, o governo está a fazer o oposto e a desmantelar os serviços.

O objetivo da burguesia é poupar algum dinheiro, privatizar os serviços sociais, como a Saúde e a Educação, e forçar os pobres a trabalhar por salários menores em empregos e condições de trabalho mais cruéis em condições próximas aos países semicoloniais.

No entanto, seus principais obstáculos serão a viabilidade e as vantagens em termos de lucro dessa “doutrina de choque” e a resistência das massas. Se a história do passado mostra alguma coisa, é que as massas não aceitarão medidas tão extremas facilmente e, nesse sentido, a ocupação de Wisconsin, as mobilizações da educação pública, o movimento Occupy e as outras lutas locais da população mostram que a burguesia dos EUA e o seu candidato presidencial preferido terão dificuldades para impor mais medidas de austeridade sem encontrarem resistência.

É por isso que o Estado norte-americano, com Obama a conduzir, vem preparando e reconfigurando as suas ferramentas de repressão: tribunais, legislação, polícia, media e o seu aparato repressor em vários estados. Está pronto para usar todos os meios para esmagar qualquer resistência das massas. A repressão que o movimento Occupy enfrentou no ano passado é prova disso. O NDAA (National Defense Authorization Act), o SOPA (Stop On-line Piracy Act) [14] e outras políticas de eliminação dos direitos civis estão a preparar o terreno para isso. Obama tem feito um trabalho espetacular em impor esta “doutrina de choque” da burguesia sem muita resistência das massas, mesmo com a resistência de Occupy. A burguesia não poderia pedir um político mais charmoso, conhecedor da media, bom orador e flexível que Obama. Embora ele tenha uma tendência consistente em mentir e negligenciar certos fatos de suas políticas e realizações da campanha, ele é capaz de fazer malabarismos e preservar uma imagem de bom-moço que Bush Jr. não conseguia ter - e que o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, foi capaz de demonstrar com algum sucesso.

Avançar a luta no próximo período

O ano de 2011 será conhecido como o ano em que o povo norte-americano começou a sair às ruas em número significativo, assim como acontece na Europa, no Norte da África e na América Latina atualmente. O governo de Obama não pode esperar que as massas fiquem quietas sob o peso da dor que a classe capitalista lhes causou. Pequenas rajadas de luta, como os protestos do ensino superior em 2009-2010, a resistência de Wisconsin em 2011, o movimento Occupy deste outono de 2011 e os protestos estudantis na Califórnia na primavera de 2012 mostraram vislumbres do que ainda está por vir.

É importante notar para o próximo período que o movimento Occupy elevou a consciência e a discussão entre os oprimidos e a classe trabalhadora. Mesmo que a composição social da liderança e do movimento Occupy fosse de jovens estudantes e trabalhadores precarizados [sem a participação da classe trabalhadora estruturada], como o movimento Indignados na Espanha, era um reflexo popular das massas desiludidas, não apenas com a crise económica e social dos EUA, mas também com os políticos burgueses que a causaram. Isso se refletiu na linguagem utilizada e nas palavras de ordem: 99% X 1%, independência dos partidos dos 1%, fazer os bancos e corporações pagarem pela crise económica, etc. Centenas de milhares de jovens foram diretamente envolvidos em protestos do Occupy em algum momento, mas foram a media e a participação popular que ampliaram a sua influência.

Após o auge do movimento Occupy no final de 2011 (especificamente com o piquete de 30.000 da comunidade em Oakland e o fechamento do porto de Oakland por um dia), o movimento Occupy mostrou um declínio em suas ações de massa. No entanto, uma camada de ativistas dos movimentos Occupy envolveu-se no planeamento do Primeiro de Maio em todos os EUA, no movimento de ocupação de casas hipotecadas (Occupy the Hood[15] e nas lutas contra os cortes orçamentais na Educação.

Qual pode ser o desenvolvimento do Occupy no próximo período? Vemos uma tendência de menor utilização do “modelo” Occupy, com a redução de sua influência em relação ao outono de 2011, além da tentativa de cooptação do movimento pelo Partido Democrata para as eleições. O período eleitoral será um campo de testes para ver como o movimento Occupy evolui para lidar com a repressão, a cooptação e a influência do Partido Democrata através dos burocratas sindicais e ONGs.

Além disso, as pesquisas estão a mostrar a popularidade do socialismo entre os jovens, negros e latinos, mas o melhor indicador para nós, marxistas revolucionários, é a luta de classes e as greves dos trabalhadores. A este respeito, podemos notar alguns movimentos grevistas consideráveis em 2011: o do Sindicato dos Trabalhadores em Comunicação dos EUA na empresa Verizon Communications (uma das maiores empresas de telecomunicações dos EUA); da Irmandade Internacional dos Eletricistas (International Brotherhood of Electrical Workers) em várias empresas de energia elétrica e luz; dos trabalhadores da saúde numa das maiores redes hospitalares (a Kaiser Permanent); a vitoriosa greve da Associação de Professores de Tacoma, na cidade de Tacoma, Washington, além de outras paralisações de profissionais da saúde, canalizadores, carpinteiros e caldeireiros [16].

Mas, apesar dessas greves, os níveis globais de greves e combatividade do movimento sindical organizado estão num patamar mínimo, sendo 2010 um dos anos com menor atividade grevista, se comparado com o século XX, e 2011 só mostrou uma pequena melhoria. Isso mostra que a resistência da classe trabalhadora ainda está por vir, e não sabemos se os sindicatos, no atual estado de degeneração e colaboração de classes em que se encontram, serão capazes de conduzi-la, ou se as greves vão estourar por fora ou apesar deles.

Em resumo, a reeleição de Obama dependerá da força de sua campanha, do desempenho da campanha de Romney, da crise económica e da resistência das massas. O próprio facto de que Obama possa ser reeleito, isto é, que ele não vai pagar o preço de liderar a primeira onda de ataques terríveis e cortes (como o governo Zapatero na Espanha e o governo de Sarkozy na França pagaram por suas políticas de austeridade), mostra que o nível de luta não foi forte o suficiente, em comparação com as greves e ações de massas dos Indignados na Espanha, ou as mobilizações lideradas pelas massas na França em 2010 contra a reforma da Previdência Social. É uma contradição ver que a maioria dos votos da classe trabalhadora dos EUA irá, provavelmente, para Obama, a apontar para o facto de que a consciência dos trabalhadores precisa ser transformada por meio da luta.

Este atraso da consciência no terreno eleitoral é fortalecido pelas cadeias de TV norte-americanas, totalmente em mãos privadas, que acentuam a polarização do sistema político, apresentando quase exclusivamente os debates eleitorais entre os candidatos democratas e republicanos, excluindo os outros candidatos alternativos e também todas as vozes críticas, principalmente as que expressam uma consciência de classe. Uma vez mais, a suposta “pátria da democracia” mostra-nos o seu verdadeiro rosto de “democracia para os ricos”.

É também lamentável que a classe operária e os oprimidos não tenham o seu próprio partido de massas e que não haja um ressurgimento da luta de classes depois do movimento Occupy. O movimento Occupy preencheu o vazio político deixado pela falta de um partido operário, mas suas limitações como movimento e o seu caráter de classe (principalmente estudantes de classe média e trabalhadores precarizados [ausência da classe operária]) não podiam levar essa expressão das lutas até o seu fim, isto é, à necessidade de construir um partido da classe operária, dos explorados e oprimidos, a fim de desafiar os partidos gémeos da burguesia (isto é, democratas e republicanos).

Esta ausência de um partido da classe operária se expressará também nas eleições pela falta de uma alternativa para os trabalhadores. Uma alternativa que devemos construir para disputar no futuro, também neste terreno, a consciência dos trabalhadores.

Neste contexto, a principal tarefa colocada hoje nos EUA é a de educar a nossa classe a não confiar em qualquer um dos partidos burgueses e jogar todas as nossas energias na organização da luta da classe trabalhadora contra as medidas de austeridade, em vez de nos atirarmo numa campanha eleitoralista sem esperanças “para votar socialista”, como alguns setores da esquerda estão a fazer (é o caso do Freedom and Socialism Party). Se a classe operária e os socialistas tivessem a força organizacional (que não vemos no momento), deveria ser considerada a tática de apresentar candidatos com um programa socialista para intervir nas lutas e para defender a construção de uma alternativa da classe em oposição aos partidos dos 1%.

A classe operária precisa construir um movimento de massas e democrático (e, se as condições surgirem, apresentar a necessidade de um partido dos trabalhadores e, em outro plano, o desenvolvimento do movimento Occupy, para canalizar as nossas reivindicações) para organizar a nossa classe no sentido de resistir à próxima onda de ataques. Jogaremos todas as forças do La Voz de los Trabajadores, embrião do partido revolucionário nos EUA, secção da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI), para levar essa luta à frente, independentemente das condições que enfrentarmos, procurando fazer unidade de ação com outras forças de esquerda que querem lutar, e apresentar o nosso programa de reivindicações, que está ligado ao movimento e à luta pelo socialismo. A luta exemplar de nossos camaradas da Corriente Roja na Espanha para unir a classe operária espanhola em prol dos mineiros das Astúrias só pode nos inspirar e mostrar o caminho a seguir.

Juan Díaz e Florence Oppen

[1] O projeto de lei permitia a escolha do sindicato oficial pela maioria dos trabalhadores, através de um abaixo-assinado e retirava o direito do empregador exigir uma votação adicional. O projeto exigia ainda que empregadores e sindicatos abrissem negociações para produzir um acordo coletivo até 120 dias após o reconhecimento do sindicato. E, além disso, o projeto aumentava as penas para os empregadores que perseguem trabalhadores sindicalizados. Beam, Christopher. Uncivil Union: Does card check kill the secret ballot or not? Em: www.slate.com/id/2213352. Acesso em: (10/07/2012),

[2] Sistema de saúde single-payer é um plano de saúde de várias empresas de seguro, baseado num polo, administrado pelo Estado, que recebe todas as taxas médicas e as paga através de um fundo único, para o qual contribuem trabalhadores, empregadores e o Estado.

[3] A “grande recessão” à qual nos referimos é a crise económica iniciada em 2008 e, desde então, não resolvida pelas políticas económicas aplicadas.

[4] Whitesides, John. Obama expands lead on Romney, voters more optimistic. Em: www.reuters.com/article/2012/07/10/us-usa-campaign-poll-idUSBRE8691DP20120710. Acesso em: 10/07/12.

[5] Lange, Jason. Dismal hiring shows economy stuck in low gear. Em: <www.reuters.com/article/2012/07/07/us-usa-economy-idUSBRE86504K20120707>. Acesso em: 07/07/12.

[6] Fed ready to do what is needed to meet goals. Em: www.reuters.com/article/2012/07/09/us-usa-fed-williams-idUSBRE8680S420120709. Acesso em: 09/07/12.

[7] Jacobe, Dennis. U.S. Unemployment Declines in March. Em: www.gallup.com/poll/153761/unemployment-declines-march.aspx. Acesso em: 05/04/2012.

[8] Almeida, Eduardo. The Global Economy is Shaking. Em: www.litci.org/en/index.php?option=com_content&view=article&id=1840:the-global-economy-is-shaking&catid=41:world. Acesso em: 10/07/2012

[9] Whitesides, John. Obama expands lead on Romney, voters more optimistic. Em: www.reuters.com/article/2012/07/10/us-usa-campaign-poll-idUSBRE8691DP20120710. Acesso em: 10/07/12.

[10] Schaller, Thomas. Will Obama’s Bain blows land? Em: www.salon.com/2012/07/12/will_obamas_bain_blows_land/. Acesso em: 12/07/12.

[11] Mitt Romney on the issues. Em: <www.ontheissues.org/Mitt_Romney.htm>. Acesso em: 12/07/2012

[12] Sullivan, Andrew. Romney's Non-Positions On Immigration, Taxes, Spending, Etc. Em: <andrewsullivan.thedailybeast.com/2012/06/romneys-non-positions-on-immigration-taxes-spending-etc.html>. Acesso em: 26/06/12.

[13] Miller, Aaron David. Barack O'Romney. Em: www.foreignpolicy.com/articles/2012/05/23/barack_oromney. Acesso em: 23/05/12.

[14] - NDAA – Lei de Autorização de Defesa Nacional; SOPA – Lei para Impedir Pirataria On-line.

 

[15] Occupy the Hood: Ocupar o Teto, movimento Occupy que busca organizar a população negra norte-americana em torno a suas principais preocupações nesta crise económica: emprego, violência, moradia, desigualdade social.

[16] Major Work Stoppages in 2011, Bureau of Labor Statistics. Em: <www.bls.gov/news.release/pdf/wkstp.pdf>. Acesso em: 08/02/12.


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