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280412 eua congresso2Estados Unidos - Global Research - [Paul Craig Roberts, traduçom do Diário Liberdade] A Síria tem um governo laico como tinha o Iraque antes da invasom americana. Os governos laicos som importantes em terras árabes onde há divisom entre sunitas e xiitas. Estes governos seculares protegem a dividida populaçom de se matarem os uns aos outros.


Quando a invasom norte-americana, um crime de guerra segundo o código de Nuremberg estabelecido polos EUA após a II Guerra Mundial, derrubou o governo laico de Saddam Hussein, os sunitas e xiitas iraquianos entrárom em guerra um contra o outro. A guerra civil entre eles salvou a invasom americana. Porém, suficientes sunitas encontrárom tempo para luitar contra os ocupantes norte-americanos do Iraque de forma que estes nunca fôrom capazes de ocupar Bagdá, e muito menos o Iraque, nom importa o violentos e indiscriminados que fórom na aplicaçom da força.

A consequência da invasom dos EUA nom foi democracia e direitos para as mulheres, muito menos a eliminaçom de armas de destruiçom em massa que nom existiam, como os inspetores de armas deixaram perfeitamente claro de antema. A consequência foi a transferência do poder político dos sunitas aos xiitas. A versom xiita do Islám é a versom iraniana. Assim, a invasom de Washington transferiu o poder no Iraque de um governo laico a outro de xiitas aliados com o Irám.

Agora Washington pretende repetir a sua insensatez na Síria. De acordo com a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, Washington está inclusive disposto a se aliar com al-Qaeda, a fim de derrocar o governo de Assad. Agora que Washington tem ele mesmo ligaçons com Al Qaeda, será este governo preso sob as leis anti-terroristas?

A hostilidade de Washington para com o Assad é hipócrita. A 26 de fevereiro, o governo sírio realizou um referendo sobre umha nova Constituiçom para a Síria que estabeleceu limites ao período de mandato dos futuros presidentes e retirou o monopólio político que o Partido Baath tinha desfrutado.

A afluência síria às urnas foi de 57,4%, coincidindo com a mesma afluência às urnas nos EUA nas eleiçons presidenciais de 2008, nas quais Obama foi o candidato eleito. Foi um comparecimento maior de eleitores do que nas nove eleiçons presidenciais norte-americanas desde 1972 até 2004 (apesar da rebeliom armada e apoiada por ocidente neste país). A nova constituiçom da Síria foi aprovada por 89,4% do votos.

Mas Washington denunciou o democrático referendo e afirma que o governo deve ser derrubado, a fim de levar a democracia para a Síria.

Aliados de Washington na regiom, monarquias nom eleitas do petróleo, como a Arábia Saudita e Catar, emitírom declaraçons de que estám dispostos a fornecer armas aos rebeldes islámicos, a fim de levar a democracia para a Síria (algo que nom toleram na própria casa).

Para Washington a "democracia" é umha arma de destruiçom em massa. Quando este governo traz a "democracia" para um país, isso significa a destruiçom do país, como aconteceu na Líbia e no Iraque. Isso nom significa democracia. A Líbia é um caos, um pesadelo de direitos humanos sem um governo efetivo.

Washington instalou a Nouri al-Maliki como presidente do Iraque. Ele perdera umha eleiçom, mas permaneceu igualmente no poder. Declarou que o seu vice-presidente era um terrorista e ordenou a sua detençom, além de estar a usar a polícia do Estado para prender políticos sunitas. Assad da Síria é mais democrático do que Maliki no Iraque.

Durante umha década, Washington falseou as suas guerras de agresom explícita com a mensagem de "levar a democracia e os direitos humanos para o Oriente Médio." Enquanto Washington levava a democracia ao Oriente Médio, estava destruindo a democracia nos EUA. Washington ressuscitou masmorras medievais de tortura e auto-inculpaçom. Destruiu o devido processo e o habeas corpus para as pessoas ilegalmente detidas. O Congresso aprovou, a petiçom de Obama, e com umha esmagadora maioria, umha lei que permite que indivíduos estado-unidenses sejam presos indefinidamente sem julgamento ou apresentaçom de provas. Registos domiciliarios e espionagem, ilegal e inconstitucional na virada do século 21, som agora umha rotina.

Obama chegou inclusive a reafirmar o direito, para o qual nom há legislaçom escrita algumha, de matar qualquer americano em qualquer lugar, se o poder executivo decide, sem apresentar nengumha prova, que a pessoa é umha ameaça para o governo dos EUA. Qualquer norte-americano em qualquer lugar pode ser assassinado segundo a opiniom subjetiva do Poder Executivo, que cada vez mais é o único poder no governo dos EUA. Os outros dous poderes "coiguais" do Estado murchárom sob a "guerra ao terror".

Porque está Washington tam determinado a levar a democracia ao Oriente Médio (com a exceçom da Arábia Saudita, Bahrein, Qatar e os Emirados Árabes), África, Irám, Afeganistám, Rússia e China, mas por outro lado é hostil aos direitos constitucionais na América?

Os direitos que os estado-unidenses conseguírom no século XVIII, na revoluçom vitoriosa contra o Rei George III, fôrom todos anulados por Bush e Obama no século XXI. Um poderia chegar a pensar que esta é umha nova história, mas nom é.

Nom espere que o Ministério da Verdade venha dizer nada sobre isso.

Paul Craig Roberts é colaborador frequente no Global Research.

Traduçom de Ana Sánchez para o Diário Liberdade.


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