Saif al-Islam Gadafi, perseguido por sua influência por ser filho do ex-líder Muammar Gadafi. Foto: Telesur.
No total, são 37 acusados de repressão durante a onda de desestabilização promovida por setores reacionários, chamados pelo Ocidente de “rebeldes” ou até mesmo “revolucionários”, na verdade mercenários a serviço da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e do governo dos Estados Unidos, que aproveitaram a onda de insatisfação dos povos árabes contra os regimes títeres capitalistas para executar um golpe de Estado e uma invasão terrorista contra o povo e o governo líbio, com a desculpa de "levar a democracia" e "libertar a população do tirano". Hoje, as potências lideradas pelos EUA ficam com a esmagadora maioria do petróleo líbio a baixíssimo custo.
O tribunal que condenou os presos políticos leais à Gadafi e à Revolução de 1969 que derrubou a monarquia fantoche e criou a Jamairia (República) Árabe Popular Socialista da Líbia está sob o comando de uma das muitas autoridades ilegítimas que se implantaram no país após a sua destruição pela OTAN em 2011 que transformou a nação mais próspera da África, com índices de desenvolvimento e bem-estar social equivalentes aos países desenvolvidos, em uma “terra de ninguém” e um Estado nacional totalmente esfacelado e arruinado.
O tribunal do governo de Trípoli, controlado por milícias muçulmanas seguidoras do regime monárquico que explorava o povo antes da chegada de Gadafi, não é reconhecido nem mesmo pela comunidade internacional. Até mesmo o Tribunal Penal Internacional rejeita o julgamento dos presos políticos na Líbia, pois Trípoli não teria como garantir um processo “justo e equilibrado”, como se o TPI (que participou do avanço imperialista contra a Líbia em 2011, ao emitir mandato de prisão contra Gadafi, seu filho e forças leais ao governo) fosse imparcial.
Diversas ONG's (Organizações Não-Governamentais) e defensores dos direitos humanos denunciam a arbitrariedade do julgamento aos presos políticos líbios.
Como Saif al-Islam Gadafi está preso na cidade de Zenten por milicianos opositores à Trípoli, ele compareceu às audiências apenas por videoconferência. Segundo informações, apenas quatro pessoas foram absolvidas, oito foram condenadas à prisão perpétua e sete à 12 anos de prisão.
Todos esses julgamentos arbitrários fazem parte de uma campanha de perseguição aos patriotas leais à Revolução de 1969 e à Gadafi (assassinado em outubro de 2011 por terroristas aliados à OTAN), que dura cerca de quatro anos e já fez incontáveis vítimas.
Desde a invasão da OTAN todas as pessoas ligadas a Gadafi têm sido perseguidas, principalmente seus familiares. Além de Saif, seu irmão Saadi também está preso. Mutassim, Saif el Arab e Khamis, também filhos do ex-presidente, foram assassinados ainda em 2011. Hannibal e Mohamed conseguiram refúgio no exterior, assim como Aisha e a segunda esposa de Gadafi, Safiya.