O governo islamista de Erdogan advertiu de que o número de vítimas poderá subir, já que no local havia quase 400 pessoas prontas para dar ajuda solidária a Kobane contra o terror do Estado Islâmico.
O ataque bombista aconteceu em Suruç, no sudeste da Turquia, cidade próxima da fronteira com a Síria. Ali, centenas de jovens preparavam-se para dar ajuda à população síria de Kobani, que fica a 10 quilômetros de Suruç, quando um terrorista suicida rebentou perto de uma cafetaria, afetando em cheio a concentração de pessoas solidárias.
400 ativistas estavam à espera de atravessar a fronteira em direção a Kobani, procedentes de diversos pontos da Turquia. Iam levar brinquedos e produtos de primeira necessidade para os habitantes da cidade síria assediada pelo Estado Islâmico.
Existem vídeos e fotografias na rede que mostram os terríveis efeitos do ataque do reacionário Estado Islâmico.
Milhares manifestam-se contra o EI e são atacados pela polícia turca
Toda a esquerda turca reagiu denunciando a ação do Estado Islâmico com manifestações multitudinárias que ainda decorrem em diferentes lugares da Turquia.
As manifestações contra o Estado Islâmico foram atacas nalguns casos pela polícia turca, enquanto o primeiro ministro Erdogan condenava o atentado. Foi o caso da marcha que decorria em Taksim, rebentada com água a pressão lançada contra as manifestantes pela polícia de Erdogan.
Diversos setores apontam para a conivência ou mesmo colaboração do governo turco com o terrorismo do Estado Islâmico, que analistas do conflito no Oriente Médio situam como parte da estratégia dos Estados Unidos e dos seus governos aliados na região.