O estudo, elaborado pela Corporação Rand, um dos chamados tanques pensantes com sede nesta capital, assinala que o EI obtém mais de um milhão de dólares por dia através de extorsões e impostos nos territórios que ocupa.
A infraestrutura petroleira em poder dos fundamentalistas, especialmente as refinarias, foram alvos nos últimos meses dos ataques aéreos da coalizão militar liderada por Washington, e ainda que os ganhos pela venda deste produto tenham caído para dois milhões de dólares semanais, essa não é a única fonte de obtenção de recursos.
Uma parte significativa da produção de petróleo nas mãos do EI é utilizada para abastecer seus meios de transporte e outras necessidades logísticas, enquanto realizam as vendas com grandes descontos, que flutuam segundo a localidade onde acontecem as transações, assinala o estudo.
Em salários a organização jihadista gasta um estimado de 10 milhões de dólares mensais, investe no desenvolvimento de instituições policiais, meios de difusão, tribunais e a regulação do mercado, mas proporciona serviços muito limitados à população, acrescenta a Rand.
Segundo os especialistas que elaboraram o relatório, o EI evita também investir em obras de infraestrutura porque estas podem ser alvos fáceis dos ataques dos Estados Unidos e seus aliados, que ao todo realizaram mais de 3.700 bombardeios nos últimos nove meses.
Forças dos Estados Unidos, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Jordânia, Países Baixos e Reino Unido realizam ataques aéreos contra agrupamentos do EI no Iraque desde 8 de agosto de 2014.
Enquanto aeronaves do Barein, Jordânia, Arábia Saudita, Canadá e Emirados Árabes Unidos somaram-se à ofensiva de Washington contra os extremistas na Síria, iniciada no dia 23 de setembro passado sem a permissão das autoridades de Damasco.