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290415 doisEstados Unidos - Esquerda Diário - Estados Unidos e Japão definiram nesta segunda-feira os novos parâmetros de sua cooperação em matéria de defesa, na primeira revisão feita desde 1997, que considera as novas ameaças e que estende o âmbito geográfico da aliança militar.


"Enfrentamos novas ameaças e contamos com novas capacidades, mas algo que continua sendo igual são os alicerces da aliança com o Japão", afirmou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, em entrevista coletiva para informar deste acordo.

"Os Estados Unidos não podem pedir um melhor aliado e amigo que o Japão", disse, por sua parte, o secretário de Estado americano, John Kerry, que qualificou o Japão como a "pedra fundamental" da paz, da estabilidade e da prosperidade no Pacífico.

Esta é a primeira vez que se revisa o tratado militar bilateral desde 1997. A revisão foi conduzida por Kerry e Carter em reunião que tiveram hoje em Nova York com seus pares japoneses, Fumio Kishida (Exteriores) e Gen Nakatani (Defesa).

A revisão leva em conta os "desafios de segurança para o século XXI" e as novas estratégias americanas na região da Ásia-Pacífico, com o compromisso dos EUA de defender o Japão com capacidades militares, tanto convencionais como nucleares.

Ao ser consultado pelos jornalistas sobre quais os avanços mais importantes da revisão da aliança militar, Carter declarou que uma das "grandes mudanças" é o do âmbito geográfico que abrange.

Em 1997, disse, se estabelecia a cooperação nas "áreas ao redor do Japão", enquanto agora, no entanto, não há restrições em termos geográficos.

"Estamos saindo de um foco local para um foco global, levando em conta que o mundo mudou desde 1997", acrescentou.

"As novas diretrizes reforçam a solidariedade e estendem a cooperação entre Estados Unidos e Japão", comentou, por sua parte, o titular japonês das Relações Exteriores.

Na entrevista coletiva se destacou também a existência de novos campos de cooperação, como o espaço e o ciberespaço, tudo isso como parte da revisão de diretrizes que foram aprovadas pela primeira vez em 27 de novembro de 1978.

O comunicado divulgado no final da reunião indica que os novos princípios estabelecem a criação de um mecanismo de coordenação da aliança conjunta para assegurar uma "resposta constante", seja em tempos de paz ou pelo perigo de conflitos.

Em matéria regional, as novas diretrizes deixam assentado o fato de que a aliança entre EUA e Japão é "a pedra fundamental da paz e a segurança na região da Ásia-Pacífico" na promoção de um entorno de segurança "mais pacífico e estável".

Reconhecem a cooperação com terceiras nações, como Coreia do Sul e Austrália, e lembram a recente decisão dos EUA e Japão de assinar com Seul um acordo para compartilhar informação sobre as "ameaças nucleares colocadas pela Coreia do Norte"

Carter negou que esta revisão do tratado bilateral esteja orientada especificamente para a China. "Há outros temas tanto nessa região do mundo como globais", ressaltou, reiterando as ameaças nucleares da Coreia do Norte.

Os compromissos adotados detalham os planos para o posicionamento de navios e tropas dos Estados Unidos na região da Ásia-Pacífico, assim como de sistemas de defesa e aviões de vigilância, além da cooperação em matéria logística.

A esse respeito, se comprometeram a continuar com a realocação da base militar americana de Futenma no arquipélago de Okinawa (sul), que provocou tensões entre Tóquio e o governo local.

Japão e EUA concordaram em 1996 em transferir a base militar americana de Futenma para outra área da ilha principal de Okinawa, mas este projeto estava atolado há quase uma década pela forte oposição de políticos e da população local.

O comunicado lembra que os convênios que regulam a presença de tropas dos EUA no Japão vencem em março do próximo ano e anuncia sua intenção de começar discussões para definir as novas condições.

Apesar dos discursos do Pentágono e de Washington, estes acordos militares são uma clara resposta ao aumento dos investimentos militares da China (que em meio à previsão de queda no PIB para 7% em 2015, aumentou em 10% os seus gastos bélicos) e sua ambição de controle sobre o Mar do sul da China e as ilhas disputadas com o Japão. A Casa Branca não quer deixar transparecer fraqueza diante de conquistas importantes de Pequim, como o lançamento do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (que ganhou adesão de grandes aliados dos EUA, como Reino Unido, França e Alemanha) e o projeto da "rota da seda" que levará energia por toda a Ásia até a Europa.


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