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260415 ataquesEstados Unidos - PCO - Durante um discurso em 2013, o presidente Obama disse que quando os ataques com drones são lançados há "quase certeza de que civis não serão feridos".


Desde 1990, o governo dos EUA já matou 4 milhões de pessoas no Oriente Médio. Parte da matança é realizada pelos drones, aviões não tripulados, pilotados remotamente. Milhares de civis no Oriente Médio, especialmente no Paquistão, já foram mortos por ataques como esse.

Nesta quinta-feira, 23 de abril, pela primeira vez um fato como esse causou comoção no governo norte-americano. Em um pronunciamento emocionado na Casa Branca, Barack Obama pediu desculpas às famílias de dois reféns da Al Qaeda que morreram em um ataque norte-americano de drones. A novidade dessa vez é que as vítimas civis eram um norte-americano e um europeu.

Depois de milhares de civis paquistaneses e de outros países da regiões serem assassinados por ataques indiscriminados dos drones, bastou que um civil norte-americano morresse para que finalmente a Casa Branca reconhecesse um erro desse tipo. O ataque aconteceu em janeiro, e matou dois civis que estavam no Paquistão trabalhando com ajuda humanitária.

Para confirmar as mortes, a inteligência norte-americana demorou semanas, mostrando que os militares não tinham ideia de quem realmente morreu no ataque. Obama sempre defendeu o uso de drones, declarando que com isso as mortes de civis seriam evitadas, e só os alvos pretendidos seriam atingidos, com precisão. "Vamos matar quem está tentando nos matar", declarou o presidente em diversas ocasiões.

Os "pilotos" que conduzem os drones remotamente ficam nos EUA, atacando pessoas do outro lado do mundo como se estivessem jogando um jogo eletrônico. A seleção dos alvos é baseada em informações de inteligência, e o resultado tem sido desastroso para a população civil.

Durante um discurso em 2013, Obama disse que quando os ataques com drones são lançados há "quase certeza de que civis não serão feridos", "entretanto", admitiu, "é um fato concreto que os ataques dos EUA resultaram em baixas civis".

Em 10 anos, os drones, aviões de combate não tripulados, utilizados pelos EUA no Afeganistão, Paquistão, Somália e Iêmen, mataram 1.147 pessoas, na tentativa de matar 41 alvos terroristas. São 28 vítimas civis para cada alvo terrorista. A estimativa é de um grupo britânico de defesa dos direitos humanos, o Britain's Reprieve.


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