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240415 dronesEstados Unidos - PCO - O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu desculpas às famílias das vítimas em pronunciamento na Casa Branca.


Nesta quinta-feira, 23 de abril, o governo dos EUA informou que dois reféns da Al Qaeda foram mortos durante um ataque de drones (aviões não tripulados e pilotados remotamente) norte-americanos na região da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.

Os dois reféns, o norte-americano Warren Weinstein, capturado em 2011, e o italiano Giovanni Lo Porto, capturado em 2012, trabalhavam com ajuda humanitária no Paquistão. O ataque aconteceu em janeiro, contra um complexo da Al Qaeda, e acabou matando os reféns.

O presidente dos EUA, Barack Obama, em um pronunciamento na Casa Branca, lamentou as mortes e disse assumir a responsabilidade pelo ocorrido. O presidente pediu desculpas às famílias de Lo Porto e Weinstein.

Essa está longe de ser a primeira vez que ataques de drones fazem vítimas civis.

Drones contra civis

Há muito tempo entidades de defesa de direitos humanos nos próprios EUA denunciam a matança de civis paquistaneses por drones, incluindo idosos e crianças.

Em 10 anos, os drones, aviões de combate não tripulados, utilizados pelos EUA no Afeganistão, Paquistão, Somália e Iêmen, mataram 1.147 pessoas, na tentativa de matar 41 alvos terroristas. São 28 vítimas civis para cada alvo terrorista. A estimativa é de um grupo britânico de defesa dos direitos humanos, o Britain's Reprieve.

O governo norte-americano defende o uso dos drones como uma arma de precisão, que evitaria a morte de civis. Os números, no entanto, mostram que na realidade os EUA promoveram um massacre de civis por meio dos drones.

Os alvos dos drones são determinados pelos serviços norte-americanos de inteligência. Durante esse ano, Edward Snowden denunciou que ataques de drones eram determinados por meta-dados, como o sinal de um celular, por exemplo, o que levou a diversos ataques contra familiares civis dos alvos, sem necessariamente atingi-los. A maior parte das vítimas vivia no Paquistão, onde 874 pessoas morreram na tentativa dos EUA de assassinar 24 líderes terroristas, entre elas, 142 eram crianças.

Em dezembro de 2013 os EUA tinham suspendido os ataques de drones no Paquistão. Em julho do ano passado, no entanto, os ataques recomeçaram. Além de mostrar a total falência da "democracia" norte-americana, que viola os direitos básicos de seus cidadãos e de civis no resto do mundo, a volta dos ataques de drones, seis meses depois de suspensos, mostram a crise do domínio imperialista na região.


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