Segundo o comissário geral da entidade, Pierre Krañhenbühl, o sofrimento é extremo na instalação localizada a poucos quilômetros de Damasco, que nos últimos dias foi tomada pelo Estado Islâmico e foi sede de combates entre os fundamentalistas e milícias de refugiados palestinos.
O diplomata informou hoje o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, e o Conselho de Segurança sobre a situação sobre o terreno, marcada por quatro anos de hostilidades no país levantino, pela ação dos islamistas e pelo impacto humanitário da guerra.
Com o avanço do conflito, a população de palestinos deslocados diminuiu de maneira drástica no acampamento, a um máximo de 20 mil, tomando como referência que, no começo do século se calculava em mais de 100 mil.
No fim de semana passado, a Unrwa advertiu em um comunicado que "nunca antes se viveram horas mais desesperada em Jarmuque".
Assim mesmo, fez um chamado a todos os atores armados a deterem os confrontos devido ao perigo que representa para civis.
A Agência exigiu o acesso humanitário à instalação sob condições de segurança, em aras de ajudar as vítimas.
Há poucos dias, o governo sírio enviou a Ban e ao Conselho de Segurança cartas nas quais exige o fim do apoio de Arábia Saudita, Qatar, Jordânia, Turquia e Israel aos extremistas que ameaçam a nação do Levante, incluindo o acampamento de Jarmuque, criado em 1957.