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retAfeganistão - PCO - Promessa de retirada das tropas norte-americanas do País está cada vez mais distante.


Nesta terça-feira, 24 de março, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou que diminuirá o ritmo da retirada de tropas do Afeganistão. Encerrar a guerra do Afeganistão era uma promessa da primeira campanha de Obama. O presidente do Afeganistão, ocupado pelos norte-americanos, Ashraf Ghani, está em visita aos EUA para, entre outras coisas, pedir o adiamento da retirada das tropas anunciado por Obama.

O anúncio foi feito na Casa Branca, em uma aparição conjunta dos dois presidentes para a imprensa. Obama declarou que manterá 9.800 soldados até, pelo menos, o final do ano. Uma "flexibilidade", segundo ele, necessária para continuar as ações "contra terroristas". "Esta flexibilidade reflete nossa revigorada parceria com o Afeganistão, dedicada a fazer o Afeganistão seguro".

O presidente do Afeganistão, ocupado pelos norte-americanos, Ghani, declarou que "muita coisa nos une [EUA e Afeganistão], e a flexibilidade fornecida em 2015 será usada para acelerar reformas para garantir que as forças de segurança afegãs estejam bem melhor conduzidas, equipadas, treinadas e focadas em sua missão fundamental".

Quando assumiu o governo, Obama prometeu deixar apenas 1.000 militares norte-americanos no Afeganistão até o fim de seu mandato. A presença militar norte-americana se restringiria a um auxílio técnico para as forças afegãs governamentais (financiadas pelos EUA). Essa promessa parece agora estar mais longe, embora Obama ainda insista em dizer que a cumprirá.

Depois de invadir o Afeganistão em 2001, mais de dez anos depois os EUA estão se retirando tendo deixado a situação do País mais frágil. Hoje o imperialismo norte-americano tenta entrar em um acordo com o Talibã, que até abriu uma sede no Catar para fazer as negociações. O problema é que há muitas contradições, e devido à crise econômica o imperialismo tem menos dinheiro para comprar apoio.

O Talibã hoje domina todo o interior do País. A economia afegã está em uma crise brutal, sendo basicamente dependente do dinheiro enviado para as tropas norte-americanas e para militares afegãos pelo governo dos EUA. Parte desse dinheiro é usado para corromper líderes tribais. Conforme fica mais evidente a volta do Talibã, aumenta a crise no Paquistão e a tendência das potências regionais de se afastarem dos EUA. Além disso, o Afeganistão fica ao lado de cinco Repúblicas que pertenciam à URSS, ricas em petróleo e gás, que são um foco de desestabilização para todo o mundo.


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