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080315 saaraSaara Ocidental - Avante! - A República Árabe Saaráui Democrática (RASD), que assinalou em 27 de fevereiro o seu 39º aniversário, avisa que se em abril não houver progressos na frente diplomática pode voltar à luta armada.


A data vem lembrar à comunidade internacional um dos mais esquecidos dramas dos nossos tempos: a existência de um povo a quem continua a ser negado o direito à autodeterminação e que é forçado a viver, há 40 anos, sob a ocupação de Marrocos, em campos de refugiados na Argélia ou na diáspora.

A proclamação da independência, em 1976, pela Frente Polisário, movimento de libertação da antiga colônia espanhola do Saara Ocidental e legítima representante do povo saaráui, e o reconhecimento da RASD por cerca de uma centena de estados e pela União Africana, enfrentou desde a primeira hora a total oposição do Marrocos, que tem aproveitado o cessar-fogo vigente desde 1991 para protelar indefinidamente uma solução diplomática do conflito.

O norte-americano Christopher Ross, enviado especial do secretário-geral da ONU, está há quase meio ano a elaborar um relatório (mais um) sobre a situação no terreno, que deverá ser apresentado ao Conselho de Segurança em abril. Se então não se registar nenhum avanço significativo, a Frente Polisário reserva-se o direito de usar todos os meios que entender por convenientes para defender os seus direitos, incluindo a possibilidade de voltar à luta armada. Isso mesmo foi tornado público no final de fevereiro por Jadiyetu El Mohtar, responsável na Espanha pela União Nacional de Mulheres Saaráuis (UNMS), em declarações à imprensa. "Não podemos esperar indefinidamente", sublinhou.

Numa manifestação de solidariedade para com a causa do povo saaráui, um conjunto de organizações portuguesas, entre as quais o Conselho Português para a Paz e Cooperação, divulgou um comunicado em que se sublinha que a situação do Saara Ocidental "constitui uma das maiores injustiças no nosso tempo".

"O que deveria ser, no quadro do respeito das resoluções das Nações Unidas, um caso de aplicação do direito de autodeterminação de um povo face ao colonizador, transformou-se, pelos interesses econômicos, geoestratégicos e políticos de países como a Espanha, o Reino de Marrocos, os Estados Unidos da América ou, mais recentemente, a União Europeia, numa nova ocupação colonial", refere o documento.


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