1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (1 Votos)

050315 netanIsrael - PCO - Primeiro-ministro israelense ataca acordo que norte-americanos tentam com o Irã relativo ao programa nuclear iraniano


Nesta terça-feira, 3 de março, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez seu aguardado discurso para o Congresso norte-americano. Convidado pelo deputado republicano John Boehner, Netanyahu atacou a política externa do governo de Barack Obama em relação ao Irã.

Segundo o primeiro-ministro, o acordo que o Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, está tentando fechar com o Irã, não impediria que o País construísse uma bomba nuclear, mas facilitaria. Tanto Israel quanto os EUA mantêm um vasto arsenal de armas nucleares.

Com seu discurso, Netanyahu se meteu diretamente na política norte-americana, tomando partido de seus aliados da ala de extrema-direita do Partido Republicano, o Tea Party. Netanyahu pediu para os EUA rejeitarem o acordo e manterem suas sanções econômicas contra os iranianos. Disse também que o fato de que o Irã enfrenta o Estado Islâmico (EI) não torna o Irã um país amigo. "Eles estão apenas disputando a liderança do islamismo militante na região".

Segundo Netanyahu, o Irã é um Estado terrorista que ameaça o Oriente Médio, a existência dos judeus e o mundo inteiro. Diante desse diagnóstico e da rejeição a um acordo, o que sobra é uma guerra direta (por mais que Netanyahu diga que a alternativa seria um "acordo melhor"), essa é a parte que o primeiro-ministro preferiu deixar de fora de seu discurso, interrompido dezenas de vezes pelos aplausos dos parlamentares norte-americanos.

A questão reflete a divisão mais geral entre duas alas do imperialismo para a política externa. A política do presidente Barack Obama é de conciliação, de tentar buscar acordos para acomodar as contradições em cada região. Por isso o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, tenta, por exemplo, negociar com as FARC. É por isso que existe a até então improvável aliança com o Irã para tentar conter a situação no Iraque.

O discurso de Netanyahu expõe como nunca essa divisão do imperialismo dentro dos próprios EUA. E indica a provável volta da política externa do Tea Party, que já foi levada em frente durante o governo Bush, com as desastrosas ocupações do Afeganistão e do Iraque. A "saída" no caso do Irã, no marco dessa política, seria mais uma invasão, dessa vez com potencial de ser uma catástrofe muito maior.

Israel, um enclave imperialista

Israel é um enclave imperialista no Oriente Médio, para que os norte-americanos possam controlar a região e submetê-la aos seus interesses. Impulsionados pelos EUA, com um pesado financiamento militar, os sionistas trataram de impor um Estado à força, excluindo a população palestina e impedindo que esta formasse um estado próprio. Junto com a Arábia Saudita, Israel é um dos pilares da dominação imperialista na região.

Parte do orçamento do governo norte-americano é destinado a "ajudar" países estrangeiros. Teoricamente seria uma ajuda humanitária. No entanto, o País mais "ajudado" pelo governo imperialista dos EUA até hoje é Israel, com ajuda militar. No ano passado, a ajuda militar dos EUA a Israel já tinha atingido um valor acima dos US$ 230 bilhões.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.