No dia 5 de dezembro, o presidente norte-americano, Barack Obama nomeou o novo secretário de Defesa para os últimos dois anos de mandato. Depois da demissão de Chuck Hagel do cargo, o novo chefe do Pentágono acabou sendo Ashton "Ash" Carter, um antigo funcionário da área de segurança nacional, que trabalhou junto com 11 dos secretários de Defesa anteriores.
Antes das últimas eleições legislativas, a política mais direitista do imperialismo já vinha ganhando força dentro do próprio Partido Democrata. Em uma entrevista em agosto, Hillary Clinton criticou a política externa do presidente Barack Obama. Por trás se encontra o aprofundamento da crise capitalista mundial, principalmente no Oriente Médio.
No centro da luta no Oriente Médio, se encontra o controle do petróleo. As monarquias do Conselho do Golfo Pérsico, lideradas pela Arábia Saudita, vendem o petróleo em dólares norte-americanos devido a acordos que datam da década de 1970. Os chamados "petrodólares" sustentam a ditadura do dólar em escala mundial, que por sua vez, sustentam os lucros dos monopólios norte-americanos. O governo dos Estados Unidos emite enormes volumes de moeda sem lastro, impactando em cheio as pressões inflacionárias no mercado mundial. O Tesouro emite títulos públicos que são vendidos aos governos e repassados à Reserva Federal. A Reserva Federal principalmente por meio de empréstimos ilimitados a taxas de lucro próximas a 0%, aos grandes capitalistas. O Brasil é o quarto maior detentor desses títulos podres, com nada menos que quase US$ 300 bilhões, que podem se tornar pó no caso da quebra dos serviços de pagamento da gigantesca dívida pública, que hoje supera os US$ 18 trilhões. A inflação dispararia, conduzindo aceleradamente à hiperinflação.
As contradições se acirram. As exportações de petróleo da Arábia Saudita para os Estados Unidos caíram por causa da exploração ultra depredadora a partir do xisto. O que era inimaginável antes de 2008, aconteceu. Os sauditas têm como principal sócio comercial a China e o comercio é realizado em moedas locais.
O desenvolvimento da crise capitalista mundial tem aprofundado a crise política. A política de "cachorro louco" do imperialismo no Oriente Médio, assim como acontece em escala mundial, representa mais um capítulo do enfraquecimento do sistema capitalista mundial e da crise da burguesia imperialista.
A propaganda imperialista das atrocidades do Estado Islâmico – das quais é preciso logicamente desconfiar – nada mais é que uma preparação para um ataque em regra e uma política de dominação militar tanto da Síria como do Iraque.