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190914 obamaEstados Unidos - Vermelho - [Angel Guerra Cabrera] A solene declaração de guerra feita pelo presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, contra o chamado Estado Islâmico (EI), bem como patética, é uma evidência cristalina do crescente cinismo da elite política do "Ocidente".


O comandante da primeira potência militar do planeta e Prêmio Nobel da Paz declara guerra a outro bando de assassinos, como no momento em que Bush fez contra a Al Qaeda e Osama Bin Laden. Suas palavras certamente que lembram as de seu antecessor.

O que se conecta claramente nestas duas organizações é o fato de que elas surgiram como resultado das políticas de guerra, pilhagem e matança de civis realizadas pelos Estados Unidos e seus aliados contra os povos muçulmanos, em particular contra os setores que aderem ao Islã sunita. É sabido que Washington também ataca povos, Estados e organizações de integração de maioria xiita, como o Irã e o Hezbollah no Líbano.

Um resumo das guerras dos Estados Unidos nas últimas décadas nos traz para o Afeganistão, onde a CIA, em aliança com o reino saudita reacionário e os serviços especiais do Paquistão armaram uma legião de fanáticos extremistas (o futuro Talibã) para lutar contra as tropas de ocupação soviética, destruindo o estado laico e eliminando as correntes progressistas existentes dentro do país. Essa aliança surgiu quando a Al Qaeda já era liderada por Osama Bin Laden, um príncipe saudita que apoiou a CIA contra os soviéticos. Embora não seja o tema deste artigo é de salientar que a invasão do Afeganistão foi um dos mais graves erros da política externa da União Soviética.

Entre as implicações fundamentais das recentes guerras dos Estados Unidos está a destruição do Estado iraquiano e a morte de centenas de milhares de seus habitantes, incluindo dezenas de milhares de crianças. O Iraque era um Estado laico, mantendo uma atitude de resistência à expansão imperialista e sionista no Oriente Médio. Florescente país por seu crescente desenvolvimento econômico, político, social e cultural, onde havia apenas ressentimentos entre sunitas e xiitas, e entre estes e os cristãos e as minorias do Turcomenistão. Os Estados Unidos destruíram sistematicamente a infraestrutura industrial do local, assim como a de serviços e comunicações com a soma de suas sanções odiosas e a chamada Guerra do Golfo (1990).

Seu último ataque em 2003, com base na mentira repugnante que o Iraque tinha armas de destruição em massa acirrou o ódio entre as diferentes crenças e etnias e levou a uma onda de massacres sectários e a morte ou emigração de milhares de profissionais, cientistas e intelectuais de ambos os sexos, bem como o clero.

Uma vez ocupado o Iraque, Washington escolheu governar contando com os personagens mais desprezíveis da comunidade xiita, que seguiu uma política de exclusão e repressão de muçulmanos sunitas.

Uma menção especial merecem os curdos do Iraque, realmente oprimidos sempre, e, em geral, em todos os estados onde a minoria reside, mas cuja atual liderança política no Iraque é um aliado dos Estados Unidos e de Israel.

O ovo da serpente EI foi concebido no Afeganistão, depois no Iraque foi idealizado e multiplicado exponencialmente com a guerra imperialista contra a Líbia, a Síria, as áreas tribais do Paquistão, o Iêmen e na Somália. Na Líbia e na Síria, os Estados Unidos, reuniram dezenas de milhares de extremistas sunitas, prodigamente financiados e armados pelo Qatar, Arábia Saudita e outras monarquias árabes do petróleo para lançar contra o governo legítimo de Bashar al Assad. Jordânia e Turquia facilitaram a mudança para a Síria, a inteligência e a formação de muitos deles.

Fonte: Cuba Debate


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