Em um comunicado conjunto, organizações comunistas da Jordânia, Líbano, Iraque, Palestina e Síria denunciaram o duplo critério de vários países que afirmam combater esse flagelo.
"Em lugar de castigar Israel por seus crimes contra o povo palestino, o último dos quais foi a agressão à Faixa de Gaza, Israel é considerado parte da coalizão internacional contra o terrorismo", questiona o texto.
Considera que as ações dos grupos terroristas no Oriente Médio fazem parte de um plano de potências ocidentais, em particular os Estados Unidos, para dividir e fragmentar a região.
É necessário adotar medidas contra o EI e a Frente al Nusra, braço da Al Qaeda na Síria, e pôr fim ao financiamento por parte do Ocidente e potências regionais, sublinha.
Os massacres cometidos pelos terroristas são crimes de guerra e uma vergonha para a humanidade, assinala o comunicado.
Em um discurso televisionado à nação, em 10 de setembro último, o presidente norte-americano Barack Obama ameaçou iniciar ataques aéreos contra a Síria com o pretexto de enfrentar o EI e anunciou mais apoio a grupos extremistas neste país.
Essas declarações foram criticadas por funcionários e meios de imprensa nacionais.
Ataques de potências estrangeiras contra o território sírio sem a aprovação do Governo será considerado uma agressão, advertiu o ministro de Reconciliação Nacional, Ali Haidar.
Por sua vez, a Assessoria Política e de Meios de Comunicação da Presidência, Bouthaina Shaaban, repudiou as ameaças de Obama e denunciou a dupla moral de alguns países que afirmam combater o terrorismo.
No mês passado, o chanceler Walid al Moallem abriu as portas à cooperação com potências ocidentais com o fim de derrotar o EI, ainda que tenha advertido que seria no marco do respeito à soberania e à independência da Síria.