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080914 guerra-civil-siriaSíria - PCO - Presidente da França admitiu em entrevista o financiamento de seu governo ao Exército Sírio Livre.


Em uma entrevista ao Le Monde no dia 19 de agosto, o presidente da França, François Hollande, admitiu que o governo francês financiou e deu armas para o Exército Sírio Livre. A França mandou para a oposição síria metralhadoras, lança-mísseis e equipamentos de comunicação, tudo para derrubar o governo de Bachar al Assad. Hollande, do Partido Socialista (PS), deixou claro que a França continua querendo intervir na Síria: "Nós não podemos relaxar no apoio que demos aos rebeldes, que são os únicos que estão participando da guerra com intenções democráticas".

O imperialismo francês, quesob o governo de Hollande já começou guerras no Mali na República Centro-Africana com o objetivo de manter o controle do Sahel (região localizada ao sul do Deserto de Saara). Desses países depende o fornecimento de urânio que alimenta as centrais elétricas na França.

O imperialismo tem tentado cooptar setor dos guerrilheiros e as milícias que passaram a atuar nos países árabes, após 2011, com o objetivo de recompor os mecanismos de controle da região que acabaram colapsando perante a ascensão das massas.

A esquerda pequeno-burguesa se perdeu por completo nas avaliações dos acontecimentos políticos, sem conseguir distinguir as diferenças entre o imperialismo e o nacionalismo burguês. O PSTU, por exemplo, há um ano atrás, na iminência de uma intervenção direta do imperialismo na Síria, pedia, em um texto publicado em seu site no dia 31 de agosto: "A saída é outra: o total apoio aos rebeldes. Isso significa o envio incondicional e imediato de armas pesadas e de todo tipo de suprimentos, como remédios e equipamentos, para a resistência síria, assim como a abertura das fronteiras dos países para a passagem desta ajuda e dos lutadores que estão dispostos a combater contra Assad."

Mais uma vez, como nos casos do Egito e da Ucrânia, onde apoiou abertamente o golpe militar e os grupos de extrema direita que derrubaram o governo de Ianukóvich, o PSTU ficava a favor do imperialismo. Na mesma entrevista para o Le Monde, Hollande declarou: "A comunidade internacional tem grande responsabilidade no que está acontecendo na Síria, se há dois anos atrás tivesse havido uma ação para fazer uma transição, nós não teríamos tido o Estado Islâmico. Se há um ano atrás tivesse tido uma reação proporcional das grandes potencias contra o uso de armas químicas, nós não estaríamos agora tendo que escolher entre um ditador e um grupo terrorista". A França continua querendo derrubar Assad por intervenção direta, "atendendo" às reivindicações do PSTU. O argumento é o mesmo: Assad é um ditador. Tanto para o próprio imperialismo como para o PSTU, esse argumento justifica uma intervenção imperialista para jogar a "democracia" em cima da cabeça dos sírios, como fizeram no Iraque.

As avaliações morais da política estão na base ideológica da crescente direitização da esquerda pequeno-burguesa. Os revolucionários proletários devem avaliar a situação política em termos objetivos, em termos da luta de classes, que passa pela avaliação das contradicões internas que existem nessas classes sociais.


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