1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (1 Votos)

310714 2014 netanyahuPalestina - Vermelho - [Moara Crivelente] O lobby israelense nos EUA, Comitê Americano de Relações Públicas de Israel (Aipac, na sigla em inglês) comemora nesta quarta-feira (30) uma resolução aprovada pelo Senado estadunidense para apoiar o governo de Israel na ofensiva contra Gaza.


O texto promete mais fundos ao sistema antimíssil israelense e critica o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas por condenar a ofensiva israelense. Na Palestina ocupada, o massacre e a opressão seguem acelerados.

Diversos protestos que contam com milhares de manifestantes pela Cisjordânia e também dentro de Israel têm sido sistematicamente reprimidos. A crítica a mais uma ofensiva brutal contra os territórios palestinos ocupados e o massacre intensificado, conduzido pelo agressivo governo de Israel, é rechaçada com virulência.

O senador republicano Mitch McConnell liderou os debates da terça-feira (29) nos EUA para prestar mais apoio militar a Israel, além dos US$ 3 bilhões de dólares anuais. O senador critica uma posição considerada "branda" dos democratas e apoia "o direito de Israel à autodefesa", enquanto o Departamento de Defesa estadunidense pediu mais US$ 225 milhões para financiar o sistema antimíssil israelense Cúpula de Ferro e o debate de maior assistência na "segurança fronteiriça", principalmente no bloqueio imposto há oito anos contra Gaza, cuja suspensão é a principal reivindicação dos palestinos para um "cessar-fogo".

O apoio à ofensiva é conquistado através das pressões obscuras pelas agências israelenses, da manipulação midiática gritante, dos discursos extremistas dos líderes políticos ou da coerção. Este último caso fica evidente com as repetidas expressões de jovens judeus em Israel e no exterior e de reservistas que, vinculados à conscrição (para moças e rapazes) têm preferido ir para a cadeia para não participarem do massacre dos palestinos.

Na semana passada, a jornalista israelense Yael Even Or publicou uma carta, divulgada pelo jornal The Washington Post, explicando o posicionamento de mais de 50 conterrâneos que se recusam a servir, denunciando as vastas falhas do Exército israelense, para além da atual guerra declarada contra Gaza.

A revista eletrônica independente +972 também tem publicado inúmeros artigos de análise e denúncia contra a política agressiva de Israel contra os palestinos e noticiou uma vigília realizada em Tel-Aviv no sábado (26) para protestar contra a ofensiva atual, sob o mote "chega de mortes". De acordo com a publicação, ao menos cinco ativistas foram atacados e a polícia israelense havia tentado impedir a realização do ato.

Repressão e ocupação na Cisjordânia

Na Cisjordânia, a opressão é mais violenta. Além das demolições sistemáticas de casas e plantações, a repressão de protestos é feita com munições letais, bombas de efeito moral e detenções massivas.

Em contato com o Portal Vermelho, a associação palestina Clube dos Prisioneiros informou que, desde o anúncio da "operação Guardião Fraterno" contra o território ocupado, em 12 de junho – sob o pretexto de procurar três colonos israelenses desaparecidos e os responsáveis pelo suposto sequestro – cerca de 1.500 palestinos foram detidos arbitrariamente, elevando o número de prisioneiros a aproximadamente 6,7 mil.

Destes, 37 são parlamentares eleitos, centenas são crianças e 257 foram levados sob a categoria de "detenção administrativa", que permite o encarceramento de "suspeitos" por períodos renováveis de seis meses, sem acusação formal, julgamento ou contato direto com a defesa.

O número de palestinos detidos "administrativamente" atingiu, assim, o de 457 pessoas. Segundo a organização israelense de defesa dos direitos humanos B'Tselem, também contatada pelo Vermelho, os detidos estão em diversos centros geridos pelo Serviço Prisional de Israel.

Em outra ação para homenagear os mortos em Gaza, os palestinos do campo de refugiados de Aida, perto de Belém, na Cisjordânia, realizaram um funeral simbólico no primeiro dia do feriado que marca o fim do Ramadã, Eid al-Fitr, na segunda-feira (28).

Assim como protestos realizados há uma semana - em que ao menos cinco manifestantes foram mortos pelos soldados israelenses na repressão - com a homenagem às então 500 vítimas fatais em Gaza, a marcha desta semana levava caixões para expressar luto por mais de 1.250 palestinos massacrados pelos bombardeios de Israel, com fotografias das crianças vitimadas.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.