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46150Egito - Causa Operária - Oriente Médio e norte da África ficam cada vez mais instáveis, diante de avanço guerrilheiro por toda a região.


Pelo menos 21 soldados egípcios morreram em um ataque guerrilheiro no último sábado, 19 de julho. Perto das fronteiras com o Sudão e com a Líbia, no sudoeste do País, na província de Wadi el Guedid, os guerrilheiros trocaram tiros com os soldados, em uma emboscada. O ataque ainda não foi reivindicado por nenhum grupo. Desde julho do ano passado, quando o presidente Mohamed Morsi foi derrubado por um golpe, as atividades guerrilheiras no Egito, que já existiam antes, se intensificaram. São dois os principais grupos atuando no País, o Ansar Beit al Maqdis (Seguidores da Casa de Jerusalém), que são inspirados na ideologia da Al Qaeda, e o Aynad Misr (Soldados do Egito). 

O governo golpista do presidente Abdul Al-Sisi tem dificuldades para impedir o abastecimento de armas para os guerrilheiros, que chegam pelo deserto da Líbia. Outro ponto problemático fica na Península do Sinai, na fronteira com Gaza. O governo egípcio fechou dezenas de túneis que cruzavam a fronteira partindo da Faixa de Gaza. Mesmo diante da tragédia humanitária com a ofensiva de Israel o Egito vem mantendo a fronteira fechada, alegando razões de segurança. O governo de Al-Sisi foi colocado no poder para conter a população à força, impondo políticas contra os trabalhadores, para que eles paguem pela crise. No entanto, como vem acontecendo em todo o Oriente Médio e norte da África, a situação pode ficar mais instável do que antes. Em um ano de governo golpista, mais de 500 soldados egípcios já foram assassinados.

Em toda a região, movimentos guerrilheiros têm desestabilizado os governos. O processo de talibanização que aconteceu no Afeganistão, na Líbia, se repetiu, mas de maneira muito piorada. A intervenção imperialista deixou o País dividido em várias milícias, com um governo central que hoje consegue manter uma estabilidade muito frágil a um custo público que já ultrapassou o dobro do que Khadafi gastava na folha de pagamento.

No Iraque, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) já divide o País, e ameaça vizinhos, como a Arábia Saudita, um dos pilares da dominaçãoo norte-americana na região, e que pode ter sido um dos financiadores do EIIL, e agora se viu obrigado a deslocar milhares de soldados para a fronteira. Na Síria, a desestabilização caminha para o esfacelamento do País em vários territórios menores. O norte deverá continuar sendo controlado pelos curdos que detêm um alto grau de autonomia e exército próprio, além da existência de conselhos populares. A contenção dos curdos no sentido da formação do Grã Curdistão depende das concessões que o governo turco possa fazer para os curdos que vivem na província de Anatólia Oriental e da bonança econômica do Curdistão iraquiano, em que há grandes reservas de petróleo e gás onde os monopólios imperialistas se apresaram a botar mão após a invasão de 2003.


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