Os dois drones foram transferidos esta semana da base estadunidense na ilha de Guam, informa o jornal 'The Independent'. Os aviões não tripulados permanecerão em Misawa até outubro, quando acaba a temporada de tufões em Guam, afirmou o comandante das forças estadunidenses no Japão, general Sam Angelella.
O alto comandante militar não especificou que tipo de missões se encarregarão os Global Hawk em sua nova localização, limitando-se a dizer que suas "capacidades são bem conhecidas". Ambos os drones podem realizar voos longos, subir a uma altitude de 18 quilômetros e seguir o seu alvo mais de 24 horas consecutivas, especifica o general.
O posicionamento dos Global Hawk no Japão pretende demonstrar o compromisso de Washington com a segurança da Ásia, no entanto é pouco provável que tal atitude agrade Coreia do Norte e China. Graças a estes drones os EUA podem controlar melhor a atividade nas instalações nucleares da Coreia do Norte e observar os movimentos da Marinha chinesa, em particular na zona das ilhas em disputa.
Cabe mencionar que em abril, durante sua visita ao Japão, o presidente dos EUA Barack Obama confirmou que as ilhas Senkaku (Diaoyu, em chinês) – que são objeto de uma disputa territorial entre Japão e China – estão sujeitas a um pacto de segurança conjunto entre EUA e Japão, assinado em 1960.
Isso significa que em caso de agressão contra Senkaku, os EUA considerará como uma ameaça à sua segurança nacional e atuará nesse sentido de acordo com as suas próprias disposições constitucionais. Além disso, Obama deu ênfase em que os EUA "não permitirá nenhuma tentativa de debilitar o controle do Japão sobre Senkaku".